14 de xan. de 2019

A GUARDA

PATRIMÓNIO

A importância da obra externa em Santa Cruz

(9ª parte)


ENCONTROS POLIORCÉTICOS / A Guarda    
  
 Outra ocorrência tem-se conferido no parapeito da cortina entre o baluarte de Santa Tecla e a Porta da Vila: desabou parcialmente. Três anos depois de ter avisado do perigo que supunha o ângulo de inclinação deste murete, cedeu à gravidade. Este muro ia reduzindo a sua perpendicularidade com a linha de terra, lenta e inexoravelmente. Longe de tirar partido disto, vamos indiciar ao concelheiro de Património por desleixo e por incúria,  por ser avisado e nada fazer. Da mesma maneira que nada fez por preservar o meio merlão que lhe falta à Porta do Socorro. Na origem do problema estava uma arbustiva que minava com as suas raízes a verticalidade do parapeito. Para além disso o executivo local não calculou os danos que poderia ter causado aos visitantes tal queda murária. Se a Porta da Vila tem um acesso vergonhoso, precisado de expropiações, esta última incidência coloca muitos interrogantes à  vereadoria do Sr. Crespo. Lembramos aliás que a projetada barferência sobre a nossa castigada fortaleza poderia ser uma piada de mau gosto que fica desautorizada por si própria. Há um Expediente de Diligências VI-PO-117-17 em fase de análise e qualquer tentativa de abafar, de protelar esse processo será prova dada de que as coisas, com verdade, não funcionam.

 A obra externa de Santa Cruz, a envolvente precisa de um outro olhar e consideração. O talude daquela propriedade acima da qual figurava esse parapeito não estava arranjado, nem limpo. As responsabilidades decorrentes dessa realidade inegável podem e devem ser compartilhadas entre concelho e particulares. Ainda mais, estes particulares pelo facto de ocuparem espaço patrimonial têm servidões e obrigações contempladas nas leis, cartas e recomendações internacionais. Acontece algo curioso: algúm proprietário pode eventualmente aceder ao interior da fortaleza na noturnidade se assim o entender. Por que? Porque entra pelo flanco do baluarte de San Sebastián, pelos gaviões. As patologias em Santa Cruz às vezes são caricatas: O que é que faz aquela camioneta vitalíciamente estacionada entre uma cortina e um flanco? Onde é que está o princípio de autoridade concelhia? Estas vicissitudes foram comunicadas a Rebeca Blanco Rotea, quem afirma não estar informada destes pormenores bem como de outros. Tirem conclusões os leitores. Entretanto, a iniciativa dos Encontros  Poliorcéticos tentará através de EN MAREA organizar algúm tipo de acto público na Guarda. Esta opção política tem assumido com diferença compromissos claros de defesa do  Património. É isso que importa.

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