Fortim de Sam Bartolomé
José Buiza Badas
Passados uns dias, vamos fazer recordatório daquilo que foi umha visita memorável ao Centro Interpretativo das Fortificaçons, em Pamplona. Local que suscitou um entusiasmo inicial compartilhado por todos, para além de administraçons e fronteiras e que pode, contudo, servir de referência para ultrapassar práticas erradas em quaisquer locais que se reclamem do universo poliorcético.
Patenteamos esperançados essas obras de reabilitaçom do Fortim de Sam Bartolomé, em Maio de 2010 e concluídas no ano seguinte; assistimos à renovaçom material de um entorno murário que tinha sofrido umha autêntica castraçom no século decimonono, de dous dos seus baluartes, lá na Cidadela. Comprovamos, enfim, que o esforço valeu a pena numha malha urbana próspera que soube valorizar o eu espólio patrimonial.
O C.I. das fortalezas, com isençom espacial verificável, componhe-se no seu interior de 5 compartimentos, casernas de abóbada situadas a um e outro lado dos flancos, que concretizam o que no momento presente som espaços para interpretar a Evoluçom, as Estrategias de Defesa, as Praças Fortes por esse mundo fora ou o Lado Humano das Muralhas e da temática que nos ocupa. Ao total, 5 dependências que integram também un sítio de acolhimento, bilheteira e pequena biblioteca atendidos por umha pessoa atenciosa e empenhada, grande conhecedora do universo castelhológico e com umha mais do que sobeja experiência nesse mundo. Vejam que existe um tarifário, um preço público municipal, estabelecido à margem de visitas guiadas que nom som aqui chamadas, no intuito de assentar de vez umha verdadeira profissionalizaçom e carácter público destes centros, pola vía dos princípios de concorrência e igualdade, em todo lado reconhecidos.
No interior de estas casernas (C1, C2, C3, C4 e a de Informaçom) verificamse quase que quatro dezenas de interactivos com sensores de proximidade em suporte vidro, placas em braille para invisuais, legendas para pessoas surdas, informaçom em 4 línguas incluído o euskera, bem como o registo de escenificaçons ou teatralizaçom em movimento que, junto de encenaçons várias e espectáculos musicais, aliciarom deveras o gosto das pessoas, sem necessidade de caírem em ofertas de duvidoso gosto e oportunidade para a finalidade procurada.
Assim, este palco que foi arquitecturado por Jorge Próspero de Verboom no S. XVIII, é composto de troneiras em número de 20; faxinols ou seteiras altas e baixas; casernas; ferradura ovoidal a contrastar com a ronda terraplanada acima das casamatas; rampas; duas faces e dous flancos; linha magistral; escarpas; contraescarpas; caminho coberto, etc., atingindo um grau de excelência construtivo próprio de quem soube em tempos criar um duplo recinto defensivo abase de obras de avanço que se protegiam mutuamente, como assim acontecia nas defesas da Frente da França (baluartes do Pilar, de Guadalupe e dos Reis), no Forte de Sam Roque ou mesmo em redutos e hornaveques bem longínquos do perímetro nuclear.
Plasmam-se em mistura gostos flamencos com um ligeiro toque vaubaniano. Som obras de assento e avanço em simultâneo, inovadoras e academicistas, de alcance internacional. Empreendimentos históricos que adensam um âmbito fronteiriço riquíssimo em realizaçons abaluartadas, quer medievais, quer modernas ou barrocas, quer ligadas às guerras carlistas e ao postcarlismo.
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