Três exemplos dumha morfología igual: Mazalquivir, Corfú e Brindisi
Forte de Mazalquivir
José Buiza Badás *
No antigo Oranesado espanhol, na Grécia e em Itália afiguram-se em íntima conexom com a paisagem unidades de entrahamento costeiro, de perfís alongados, a penetrarem e a avançarem nas águas, de molde a criarem nos tempos mais recentes atempados portos de provada utilidade. Orám regista um dos sistemas defensivos mais apurados e eficazes por mor de engenheiros espanhóis, baseado nos mútuos controlos visuais entre postos e umha rede de túneis simplesmente incrível. De entre estes postos e fortes (som umha vintena deles) destaca Mazalquivir rente ao mar e, no alto, o Forte de Santa Cruz. Aquilo que vai caracterizar estes referidos fortes de avanço é o formato planimétrico que lhes une a terra firme; quer dizer um atelhanamento e dous baluartes. De resto, a sua projeçom adapta-se a um longo recorte costeiro. Em Mazalquivir, temos já um esperonte ou revelim à frente dos acessos atenalhados e com orelhons, ademais de fosso. O polígono externo é pentagonal e irregular, abrangendo 1,31 Qm. de comprimento e umha área de 80.125 m2; no entanto, o seu perímetro real seja de 1,70 Qm. e tenha umha superficie de 41.700 m2. Igualmente, como prova da sua projeçom nas águas, teria umha pretensa axialidade de 560 m., que estabeleceria os alicerces dum porto com novos alargamentos e molhes. Na realidade, podiam sugerir perfís de penínsulas bastionadas inseridas en novas linhas de costa artificiais. Os requebros, os dentes murários, as diversas alturas, sugerem e afirmam a irregularidade num inevitável assentamento sobre o recorte costeiro. Sen embargo, os baluartes convencionais (234 m. de comprimento entre os seus ângulos flanqueados), a tenalha e o revelim monitorizam de algumha maneira as certezas da aplicaçom geométrica regular. De feito, cada forte é cada forte, é um caso próprio. Às vezes a geometría nom podía ultrapasar os condicionantes e imponderáveis do terreno. O Marquês de Vaubam admitia estes assertos em construçons contemporâneas das dele e naquelas outras que tinham no mar o seu máximo protagonismo, sendo como eran quinhentistas em origem. Tal era o caso de Mazalquivir, de carimbo talianizante, da man de Juan Bautista Antonelli e outros.
Fortezza Vecchia
Na ilha de Corfú, pertinho já de Albania e porta de entrada do Mediterrâneo oriental, bem como defesa empenhada da república veneziana, encontra-se mais umha saliência artificial, longa, com entalhe ou encaixe com a terra firme de 2 baluartes e cortina em ângulo obtuso com orelhons. Chama-se a Fortezza Vecchia, em conexom com a cidade fortificada e os bastions do oeste chamados da Sagiada. O seu polígono externo é um heptágono perfeitamente irregular, longo e de larguras decrescentes conforme avança cara ao mar (578 m. de avanço). O perímetro real desta península é de 1,94 quilómetro, cobrindo umha área de 100.000 m2. Dá-se o feito dela conter dous cintos murários, interno com torreóm e externo mais horizontalizado, ou de ter a mesma disposiçom cardinal que Mazalquivir. Aliás, as distâncias entre os ângulos flanqueados dos bastions que olham para a terra som de omente mais 61 metros no caso grego.
Isola Forte a Mare
A uns 205 quilómetros de Corfú, em Brindisi, registamos um outro exemplo de morfología de avanço costeiro artificial: É a Isola Forte a Mare, aderida à Ilha de Santa Andrea por 2 baluartes e cortina, na verdade consta de duas planimetrías. A primeira, com polígono externo pentagonal, longo, irregular e de larguras também decrescentes, de 842 metros; a segunda, a conformar um triângulo isósceles de 395 m. de comprimento. Quanto às áreas, o recinto interno do primeiro plano é de 13.275 m2 e a superficie do triangular é de 2.600 m2. O seu perímetro real dá-nos 1,29 quilómetro nas mediçons, sendo que a sua orientaçom cardinal é a do Suroeste. Oferece umha linha axial de 424 de avançada sobre o mar.
* Membro da Association Vauban.
RPI.
Ningún comentario:
Publicar un comentario