15 de ago. de 2024

CAMINHA

CINEMA

Boletim da Sessão nº 603 - “A Doce Vida” de Federico Fellini 

Sexta-feira, 16 de agosto às 21:45 no Teatro Valadares

ATENÇÃO: Lotação Limitada. Entrada Gratuita. 




Locus Cinemae / Caminha

 “Na noite em que Marcelo Mastroianni morreu em 1996, centenas de romanos dirigiram-se para a Fontana di Trevi para homenagear o grande ator italiano. Lá, Mastroianni havia protagonizado um dos momentos mais famosos do cinema – a cena inesquecível em que Anita Ekberg e ele se banham na Fontana, no clássico A Doce Vida (La Dolce Vita), dirigido por Federico Fellini. 

 Foi uma forma tocante que os italianos encontraram para prestar uma última homenagem a Mastroianni, mas foi também um testemunho do quanto o filme havia marcado aquelas pessoas. Inegavelmente, desde o seu lançamento em 1960, A Doce Vida (…) tem sido um sucesso de público, crítica e objeto de culto por parte de cinéfilos mundo afora. 

 No filme, Marcelo Mastroianni interpreta Marcelo Rubini, um jornalista de origem humilde de uma cidade do interior que chega a Roma e começa a conviver com o mundo frívolo da alta sociedade e a frequentar os bares e cafés da famosa Via Veneto. Cada vez mais distante do seu sonho inicial de escrever um livro, e quase escravo daquele sistema nocivo, aos poucos vai se desiludindo com o mundo falso e vazio da burguesia romana; inexoravelmente, filme caminha para um final amargo, numa evidente contraposição à “doçura” sugerida no seu título. Na verdade, o filme de Fellini é também a denúncia de um mundo que estava prestes a iniciar um processo de decadência de costumes. Ao longo dos seus 166 minutos, o diretor apresenta um painel da sociedade romana do pós-guerra, desvendando a hipocrisia das relações entre a Igreja e o Estado italiano, criticando a estrutura de classes e retratando o desespero das pessoas com a inexistência de respostas que dessem sentido à vida. Ao tempo em que retrata a sua amada Itália, através de ruelas, estátuas e memórias, Fellini também expõe todos os símbolos que se tornaram uma característica de sua obra, cheia de personagens extravagantes, artistas exóticos, mulheres exuberantes, figuras caricatas e situações surreais. (…)”

http://www.italiamiga.com.br/artecultura/artigos/a_doce_vida.htm

FICHA TÉCNICA:  

Título original: “La dolce vita”, Itália/França, 1960  

Realização: Federico Fellini  

Produção: Giuseppe Amato e Angelo Rizzoli  

Companhia produtora: Pathé Consortium Cinéma  

Argumento: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli, Brunello Rondi e Pier Paolo Pasolini  

Música: Nino Rota  

Fotografia: Otello Martelli  

Montagem: Leo Cattozzo  

Distribuição     Koch Lorber Films  

Duração: 174 minutos     

FICHA ARTÍSTICA:  

Marcello Mastroianni — Marcello Rubini  

Anita Ekberg — Sylvia Rank  

Anouk Aimée — Maddalena  

Yvonne Furneaux — Emma  

Magali Noël — Fanny  

Alain Cuny — Steiner  

Lex Barker — Robert



Ciclo Play it Again   

16 de agosto, “A Doce Vida“, Federico Fellini, Itália / França, 1960, Sessão 603 (M/12).  

23 de agosto, “O Acossado, Jean-Luc Godard, França, 1960, Sessão 604 (M/17).  

30 de agosto, “O Leopardo, Luchino Visconti, Itália / França, 1963, Sessão 605 (M/12).


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