20 de xul. de 2022

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia  

(225ª parte)


Couto ou cerca monástica não é respeitada em Oia
Foto: Santiago Baz Lomba


 

ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia   

 III  Jornadas  de  'Jóvenes  Investigadores  en  Arqueología.  ¡Excavemos!'  representam  um  novo  fôlego  face  ao  futuro  de  muitas  escavações.  Em  2018,  foi  apresentado  o  trabalho  de   Ester  Penas  González,  junto  de  outros,  na  Universidade Complutense de  Madrid.  Trabalho  intenso,  documentado  e  em  blocos.  Num  deles,  denominado  'Un análisis  arqueológico de la hidraúlica del Císter femenino  castellano: Santa María de Vileña y San Andrés  de Arroyo'  põe-se  ao  nu  a  carência  existente  em  matéria  investigadora  na  generalidade  dos  mosteiros  de  Cister  e  não  só.  Presentemente,  a  privada  que  gere  o  Mosteiro  de  Oia  faz  ouvidos  surdos  às  nossas  perguntas sobre  o  estado  atual  do  subsolo  monacal.  Por  outro  lado,  veta-se  o  acesso  às  troneiras  nas  visitas  ou  justifica-se  o  fecho  do  Pátio  dos  Laranjais  como  se  nada  fosse  (Ilegalidad manifiesta en las  Cartas  Internacionales: los AÑADIDOS  siguen  estando  prohibidos).    

 Ester  Penas  González  diz  então:  'Ao  longo  deste  trabalho  referiremos  a  hidraúlica  monástica  não  só  como  o  sistema  de  abastecimento  do  edifício  claustral  e  as  suas  dependências  auxiliares,  mas  como  o  domínio  territorial  do  mosteiro  relativamente  ao  uso  e  gestão  da  água'.  E  cita  como  metodologia  as  Fontes  de  Informação  e  as  Técnicas  procedentes  de  vários  campos:  

Arqueologia  da  Arquitetura:  fundamental  para  datar  e  relacionar  o  sistema  hidraúlico  interno  com  o  edifício  em  que  se  insere,  permitindo  conhecer  o  seu  contexto  de  uso,  evolução  e  técnicas  construtivas. 

Arquitetura  do  Território  e  da  Paisagem:  a  gestão  e  disposição  das  estruturas  adapta-se  à  configuração  natural,  social  e  cultural  do  território  em  que  assenta  a  comunidade,  gerando  uma  paisagem. 

Fuentes  escritas,  que  permitem  identificar  e  datar  com  rigor  as  estruturas,,  informam  sobre  canalizações  desaparecidas,  os  seus  materiais,  a  sua  disposição  e  as  suas  modificações,  achegando-nos  à  antigos  usos  da  água  -Constituições,  Livros  de  Usos,  etc- ,  que  problemática  implicava  e  quem  esteve  atrás  da  gestão,  construção  e  reparação  da  rede  de  abastecimento.  Conhecer  o  domínio  hidraúlico  do  mosteiro  é  possível  através  da  consulta  de  fundos  de  arquivo:  transações,  litígios,  protocolos  notariais,    etc.. 

Fontes  artísticas,  gráficas  e  fotografia  antiga,  que  informam  de  reformas,  usos  da  água  e  elementos  móveis  não  conservados  no  registo  arqueológico,  para  além   de  cartografia  temática  atual  e  histórica,  ortofotografia,  ferramentas   SIG  e  novas  tecnologias  de  teledetecção.  

(Nótese  que  este  trabajo  de  2018  incide  sobradamente  en  la  validez  apurada  de  todo  trabajo  arqueológico)   

 


 Os  sistemas  de  teledetecção  permitiram  achados  de  CONDUÇÕES  EXTERNAS  em  Cañas  (La  Rioja)  e  Vileña  (Burgos),  mas  também  em  Carracedo  ou  Matallana,  Huerta  ou  Valdediós.  Nos  femininos  de  Arroyo  ou  Cañas encontraram (visualizaram)  CANALIZAÇÕES  ou  materiais  associados  ao  emprego  e  consumo  da  água.  De  facto,  O  MESMO  LOCAL  IMPLICA  A  EXISTÊNCIA  DE  UMA  REDE  HIDRAÚLICA.  Rede  hidraúlica  que  tem  sido  posta  de  parte  em  Oia,  propositadamente  ou  não.  Isto  tem  de  ser  imediatamente  esclarecido. Os jovens  arqueólogos  estão  a  desdizer  em  todo  o  Estado  as  truculências  e  as  'falinhas  mansas'  dos  grupos  privados.  

 Artigo precedente.

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