PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(225ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
III Jornadas de 'Jóvenes Investigadores en Arqueología. ¡Excavemos!' representam um novo fôlego face ao futuro de muitas escavações. Em 2018, foi apresentado o trabalho de Ester Penas González, junto de outros, na Universidade Complutense de Madrid. Trabalho intenso, documentado e em blocos. Num deles, denominado 'Un análisis arqueológico de la hidraúlica del Císter femenino castellano: Santa María de Vileña y San Andrés de Arroyo' põe-se ao nu a carência existente em matéria investigadora na generalidade dos mosteiros de Cister e não só. Presentemente, a privada que gere o Mosteiro de Oia faz ouvidos surdos às nossas perguntas sobre o estado atual do subsolo monacal. Por outro lado, veta-se o acesso às troneiras nas visitas ou justifica-se o fecho do Pátio dos Laranjais como se nada fosse (Ilegalidad manifiesta en las Cartas Internacionales: los AÑADIDOS siguen estando prohibidos).
Ester Penas González diz então: 'Ao longo deste trabalho referiremos a hidraúlica monástica não só como o sistema de abastecimento do edifício claustral e as suas dependências auxiliares, mas como o domínio territorial do mosteiro relativamente ao uso e gestão da água'. E cita como metodologia as Fontes de Informação e as Técnicas procedentes de vários campos:
● Arqueologia da Arquitetura: fundamental para datar e relacionar o sistema hidraúlico interno com o edifício em que se insere, permitindo conhecer o seu contexto de uso, evolução e técnicas construtivas.
● Arquitetura do Território e da Paisagem: a gestão e disposição das estruturas adapta-se à configuração natural, social e cultural do território em que assenta a comunidade, gerando uma paisagem.
● Fuentes escritas, que permitem identificar e datar com rigor as estruturas,, informam sobre canalizações desaparecidas, os seus materiais, a sua disposição e as suas modificações, achegando-nos à antigos usos da água -Constituições, Livros de Usos, etc- , que problemática implicava e quem esteve atrás da gestão, construção e reparação da rede de abastecimento. Conhecer o domínio hidraúlico do mosteiro é possível através da consulta de fundos de arquivo: transações, litígios, protocolos notariais, etc..
● Fontes artísticas, gráficas e fotografia antiga, que informam de reformas, usos da água e elementos móveis não conservados no registo arqueológico, para além de cartografia temática atual e histórica, ortofotografia, ferramentas SIG e novas tecnologias de teledetecção.
(Nótese que este trabajo de 2018 incide sobradamente en la validez apurada de todo trabajo arqueológico)
Os sistemas de teledetecção permitiram achados de CONDUÇÕES EXTERNAS em Cañas (La Rioja) e Vileña (Burgos), mas também em Carracedo ou Matallana, Huerta ou Valdediós. Nos femininos de Arroyo ou Cañas encontraram (visualizaram) CANALIZAÇÕES ou materiais associados ao emprego e consumo da água. De facto, O MESMO LOCAL IMPLICA A EXISTÊNCIA DE UMA REDE HIDRAÚLICA. Rede hidraúlica que tem sido posta de parte em Oia, propositadamente ou não. Isto tem de ser imediatamente esclarecido. Os jovens arqueólogos estão a desdizer em todo o Estado as truculências e as 'falinhas mansas' dos grupos privados.
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