PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(179ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
Carmen Manso Porto refere ainda:
'O irmão de Javier Bouso e esposa receberam como herança o loteamento chamado 'El bosque', situada do outro lado da estrada e hoje pertencente aos descendentes. O resto da propriedade do mosteiro foi adquirida por José García, habitando os quartos da Horta e da praça de Armas. Nestas últimas pode ter organizado um Museu de animais dissecados. Os seus filhos o venderam à família Masaveu. A finais de 1999 foi adquirido pelo Grupo Banco Pastor. Um ambicioso projeto de restauração e reabilitação do edifício permitirá a sua recuperação total. O seu novo destino como Grande Hotel augura o começo de uma nova etapa brilhante e magnífica nos primeiros anos do século XXI' (Es este el relato de los hechos que se quedó en eso, en nada; de un lado, la validez del trabajo y la entrega de este el 22 de septiembre de 1999 por encargo de la empresa SAITE, del Grupo Banco Pastor - con ampliaciones del texto original -; de otro, las prisas de los sucesores por comprar y ampliar terrenos, de muy bajo coste, al objeto de crear una urbanización de naturaleza comensalista típica. Prima la obra nueva, o sea, la RENOVACIÓN URBANA sobre todo lo demás y conviene denunciar la RECENTRALIZACIÓN en todos los órdenes del "Nuevo Oia" en detrimento del Arrabal, pasando a ser un "Parque Central" que no tiene sustento histórico alguno. 'AHI', 'Architectural Heritage Intervention', introduce una ruptura aún mayor que la protagonizada por los 'chalets' precedentes, dígase Favelización, consumando el consabido proceso de 'horror vacui' urbano, el adensamiento propositado en el nivel de edificabilidad, la endogamia/ pobreza de su morfología construtiva y la destrucción paisajística subsecuente. Es esta la arquitectura DESIMPEDIDA que nos proponen?). Isto não devia ser da fatura 'AHI' nem por sombras. Este "premio" é um trocar de voltas significativo.
Frases da 'Architectural Heritage Intervention':
● 'Património arquitetónico, como veículo de integração social e recurso socio-económico de primeira ordem, deve ser incentivado' (Una de dos, o incentivado - aumento - o rehabilitado - conservación -).
● 'Contribuir à revalorização do Património como caminho de futuro para a arquitetura do século XXI é a nossa razão de ser' (Su razón de ser será el 'umbral de rentabilidad', o la eficacia del coste invertido).
● 'AHI' tem a vontade de consolidar-se como catalizador e observatório dos novos reptos que acrescenta a globalização à arquitetura atual' (Acabáramos!! están hablando de Globalización, por tanto de TURISTIFICACIÓN )
● 'AHI' entende e difunde o património arquitetónico desde um olhar plural e contemporâneo' (los Añadidos no son siquiera 'Arquitectura Complementaria', son auténticas y verdaderas barreras. El cierre del Patio de los Naranjos es pueril en los argumentos e provocador para una opinión pública formada).
● Mas o pior vem de seguido, visto que 'RMO' adere tarde à 'Declaração de Veneza', significando-se pela componente oportunista e urbanoide da sua aventura. A maneira conclusiva, não é o mesmo 'Arquitetura Complementar' do que 'Arquitetura do Emplastro'.
● Imaginam outros exemplos nos cercanos 'Caminhos para Santiago Portugueses'? Não há um só desta aventura urbana, nem em Fiães, nem no de Ermelo, nem em São Romão do Neiva, nem no mosteiro de Santa Maria do Carvoeiro luso, da ordem beneditina, ou na Nossa Senhora da Abadia de Amares, dependente de Santa Maria de Bouro. Também não, no convento de São João de Cabanas, masculino e beneditino, AO PÉ DO MAR em Afife. Citemos a Nossa Senhora de Mosteiró, em Cerdal-Valença. Ou igualmente em Santa Maria de Miranda, masculino e beneditino, em Arcos de Valdevez. Imaginam uma urbanização aderida ao mosteiro valenciano de Ganfei? É pertinente a reclamação de Oia como território de adscrição mista, de história compartilhada com Portugal mais próxima do que se pensa. A sua razão geográfica está ligada ao país vizinho. Há razões para pensar que Oia está longe de todo das suas "vizinhas" galegas da 'Congregação Cisterciense da Castela'. A encruzilhada marinha de um mosteiro císter é aproveitada pelos 'chicos espertos' para fazer separação relativamente a um núcleo mais integrador ainda, como foi o beneditino inicialmente.
● 'Espírito do Lugar' onde? Se têm unido uma urbanização ao mosteiro sem rubor. Com certeza que isso não gosta em Fontfroide ou Noirlac, em Maubuisson ou Mortemer. Onde é que há projetos urbanizadores pela Europa toda?
(Continuará)
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