12 de mar. de 2020

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia
(87ª parte)



ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia    

 Ano de 2017 foi marcante no relativo à guerra de posições em redor do futuro do Mosteiro. Plenário da corporação camarária de 22 de dezembro aprovava moção de expropriação forçada baseada num parecer de "SOS Mosteiro". Dias depois parte privada, logo após um encontro com o concelho de 26 de dezembro, combina trabalhar numa adição suplementar ao convênio urbanístico do ano 2011, de molde a poder fazer público projeto da "RMO" (na linha do estipulado ao início desse ano após tramitar a elaboração de um informe técnico de "Augas de Galicia"). Tal estudo reconhecia a existência dos recursos hídricos suficientes para o projeto privado e para os próprios vizinhos. Na realidade, não condizia com o que muitos pensavam. De facto, avanço da tramitação da modificação pontual e da sua exposição pública teve imensos problemas nesses sucessivos  anos. Pano de fundo continuava a ser  que o concelho carecia de meios económicos para fazer frente  a  uma   despesa  tal  e,  hoje em día, também não conta com uma rede hidraúlica sobeja, se abastecendo através de comunidades e poços. Não houve um investimento de concelho ou da Xunta para poder fornecer de jeito eficiente ao mosteiro e à vila em simultâneo.   




 Nesta ambiência toda, "RMO" ousava dizer isto: "Isolamento e sazonalidade turística da zona faz imprescindível, para além da reabilitação e reforma de um BIC, um projeto turístico  e cultural que proporcione uma ampla oferta de atividades, convertendo assim Oia num município atrativo ao longo de todo o ano e referência de um turismo cultural  e natural de qualidade". Bonito gingado este da "RMO", consistente em ruminar aos olhos de todos um projeto agressivo ligado ao turismo descaraterizador, penhorando aliás futuro paisagista de Oia. Temos sérias dúvidas de que estes senhores considerem sequer um bocado esta questão. Aviltaram, ostracizaram paisagem da maneira mais ordinária oferecendo em troca aqueles famosos postos de trabalho diretos e indiretos. Moral novorriquista é assim, aliciar públicos e concitar vontades seja como for. Para tal,  contam com os manuseados agentes  contratuais. Gerardo Rodríguez  Refoxos assim se expressava: "Debe ser el concello el que mueva ficha y agilice la aprobación del plan  especial, para que el propietario pueda restaurar y  desarrollar su proyecto". "(...) ya en el pleno de diciembre manifesté que no estaba de acuerdo con  la expropiación".  Mais um acréscimo que torna claro tudo: "El PSOE mantiene su apuesta por el proyecto presentado por la empresa propietaria para la rehabilitación del Mosteiro y su aprovechamiento como hotel, con plazos consensuados entre la administración y la empresa propietaria y solo en  el caso de incumplimiento de sus obligaciones estaría a favor de la expropiación, posiciones distintas no dejan de  ser un brindis al sol y un engaño a los vecinos de Oia". Cómo é que se pode falar com tanta ligeireza?

 Da sua vez, o professor de Ciências da Comunicação, Xurxo Salgado Tejido, dizia aludindo a Xoán Martínez: "(...) non é de extrañar que na sua loita non estea só. Tamén o apoian entidades locais e a Asociación de Amigos do Mosteiro de  Oia". Assim sendo, e pondo uma rubricazinha reveladora da existência de um verdadeiro conflito de interesses, faremos  alusão  a "SOS  Mosteiro": "Que aclaren a quen lle están a facer o xogo e por qué".  "(...) o  dono do mosteiro ten a prebenda e beneplácito do señor Feijóo para non cumplir a lei. Pois moi ben, viva o estado de dereito!". COM EFEITO, NÃO SE ESTÁ A CUMPRIR A LEI QUE VIGORA: LPCG, LPP E NORMATIVA PAISAGISTA EUROPEIA. Ainda por cima, quem cria estas situações, estas enrascadas, quer esganar um processo aberto de discussão no Baixo Minho.  

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