5 de mar. de 2020

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia 
(86ª parte)  

  

ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
  
 Num artigo de "En Portada-Vigoempresa", com data de 3 de agosto de 2005, reparamos nestes textos: "(..) Han creado una "Sociedad Residencial Monasterio de Oia" y se han sacado de la manga un camino xacobeo (...)", "(...) que han denominado "Camino Portugués de la costa" (...)". "(...) ¿Qué hace una empresa especializada en transporte de granito y madera en un emprendimiento turístico que tiene un tan fuerte componente cultural (...)". Mais ainda, este artigo bombástico tem um valor acrescentado conforme passe o tempo e seja lido e relido: "(...)  Surgen las  dudas. Y, lo que es peor, circulan las sospechas. Que Vasco Gallega va a solicitar de la Xunta, en forma de subvenciones, una buena parte de los más de 20 millones de euros que se calcula costará la rehabilitación, eso se da por sentado. Que el monasterio será utilizado como señuelo o buen reclamo en favor de cualquiera que sea el proyecto paralelo, también (...)". Somem igualmente isto: "Pero la conjetura en forma de suspicacia ya está ahí, ya circula como extendido rumor: Vasco Gallega pretende levantar una urbanización en el entorno del monumento (...)". Autor comenta igualmente que Xunta ou Deputação deviam ter exigido aos compradores, antes de permitir a operação de compra, um compromisso acompanhado de um estudo sério e em pormenor das suas intenções. Dito com outras palavras: Deviam ter ficado com o mosteiro antecipadamente. Poderiam tê-lo feito perfeitamente.     

 O quanto longe ficou aquele dossiê de Carmen Manso Porto nos "Cuadernos de Estudios Gallegos", tomo XLIX, fascículo 115, págs. 251-306, Santiago 2002? Cómo é que terão dado a volta à questão arqueológica no Pátio dos Laranjais?




 "RMO" disse principiado o mes de fevereiro de 2018: "Temos investido mais de 6 milhões de euros no mosteiro de Oia" (desde a sua compra no ano de 2004 ). Aquilo que não disse foi que já tinha em Novembro de 2011 (gastos ou não) mais de 3 milhões de euros concedidos pela Xunta a fundo perdido precisamente para reabilitar e valorizar o conjunto arquitetónico. Daí que pedisse ou oferecesse naquela altura, com arrogância, indemnizações (111.236 euros), desenvolvimento urbano e ativação do famoso polígono de 77.652 m2. Estes altos e baixos são decorrentes de uma maneira de gerir o património que não nos merecemos. Aqueles 776.000 euros fornecidos pela Xunta aquando a crise da Lista Vermelha (fevereiro de 2019)  destinar-se-ão fundamentalmente á igreja paroquial! Isto quer dizer, números abaixo ou acima, que está-se a ficar na tábua rasa, no meio de nada, para que projeto talaso e urbanização futura tenham vía livre. Prova disso também são as cinco intervenções havidas no espaço de 14 anos, de caráter provisório, para as quais a própria "RMO" tem críticas, RECONHECENDO ESSA PROVISIONALIDADE AO LONGO DO TEMPO e querendo fazer uma abordagem mais permanente, ou seja, mais séria do assunto (escoramentos ou remoção de entulhos não convencem). Provavelmente, muitas pessoas não saibam que para reabilitar o conjunto monacal de Oia fazem falta muito mais do que 3 ou 6 milhões de euros; no mínimo, e fica curta a importância, seriam 18 milhões de euros. 

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