PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(59ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
Arquitetura militar sabe muito bem do tratamento da paisagem, da implementação paisagista dos âmbitos ligados ao património militar, das "zonas non aedificandi", bem como das limitações impostas pelos documentos da ICOFORT ou do "BAÑOS DE LA ENCINA". Conjunto erguido do mosteiro imporia sem dúvida condições implícitas, inerentes a uma organização militar de um concreto espaço. Unem-se autenticidade e envolvente organizadas. Induvitavelmente, faz-se premente estabelecer zonas de proteção e amortecimento em redor do mosteiro. Projeto urbanizador contravem à própria LPCG; da mesma maneira, presumível Ok do concelho oiense suporá borrifar-se nessa lei. Patrimonialistas exigimos provavelmente um impossível, baseado na renúncia da "RMO" à urbanização. Isto traduz qualquer coisa estarrecedora (dada a teimosia dum projeto cujos alicerces repousam sobre o fabrico de falsas paisagens). Disso se trata, de ARTIFICIALIZAR uma paisagem precedente, pura, sem rubor e total descaramento. ÓTICA ATUAL DO MOSTEIRO TEM PLENA VALIDADE; NÃO MUDEM PARA PIOR ESTA JOIA ESPACIAL E PAISAGISTA.
Mosteiro de Oia tem linguagem própria que transmite uma ligação à poliorcética, à pirobalística. Novos empreendimentos de natureza urbana farão com que espaços choquem, AFIRMANDO EVIDENTEMENTE UMA DUALIDADE E UMA INCOMPATIBILIDADE. Por terra, desde o mar ou nas instantâneas aéreas, projeto da "RMO" revela-se tal qual: Não permitamos a sua concretização. Semanas atrás falavamos do significado cultural de Oia, da verdadeira semântica cenobial e militar do mosteiro. Acontece que os deturpadores saltaram por cima disso tudo, instaurando uma nova linguagem "cultural" de conteúdos escapistas, maquilhando problema de fundo e adiando propositadamente qualquer debate entre oienses. Pusseram em causa a liberdade de discordar, deram fôlego à um modelo de visita-guiada controlado, unilateral, onde perguntas incómodas são evitadas. Têm esganado, aliás, o direito ao contraditório. "RMO" adveio ameaça real contra equilíbrio da paisagem, contra espaços precedentes e contra a sua distribuição racional. Días atrás, colocavamos interrogantes sobre um Bem Cultural que não segue regras desenhadas na LPCG; falamos de um mosteiro DESREGRADO, de um mosteiro no meio de nada, DESPROTEGIDO pela Xunta e a uma distância abisal de algo que se pareça a um expediente de incoação convencional. Última paisagem em Oia é posta em causa irresponsavelmente, conscientemente. Estão a preterir quaisquer alusões a arquitetura paisagista com falsos apósitos urbanos. Holograma futuro constituir-se-á em pesadelo; imagem obtida, holografia de uma barbaridade tridimensional, abrirá os olhos tarde emais. S.O.S Mosteiro deve se constituir em ligante de todos os protestos. OCASO DA PAISAGEM OIENSE SERÁ TRISTE REALIDADE POR CAUSA DA BURRICE INSTAURADA.
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