10 de dec. de 2018

A GUARDA

PATRIMÓNIO

Ilações a tirar de uma má gestão patrimonial


ENCONTROS POLIORCÉTICOS / A Guarda

 A questão dá muitas surpresas. Se tirássemos do fio e nada deixássemos ao “deus dará”, transpareceria com clareza aquilo que não é senão “sacudir a água do casaco”, ou seja, dar desculpas esfarrapadas perante a adversidade, não assumir responsabilidades. É isso que está a acontecer na Guarda, no Castelo de Santa Cruz, com um Expediente de Diligências que o executivo local guardense pretende pôr de parte, preterir, mercê de satisfações e explicações que ficaram em nada. A resposta dada aos requerimentos é deveras absurda, totalmente inconsistente. Resta comprovar qual será a atitude da Xunta.   

 A política local, e o localismo, tem sérias falhas decorrentes da unidirecionalidade cultural, os compartimentos fechados e a protelação de quaisquer críticas. A política local na Guarda tem muito de doença e de exclusivismo, sendo extremamente ofegante. Daí, a necessidade de vigiar fenómenos próprios da terra pequena”, impensáveis em âmbitos populacionais maiores. Sem dúvida, a gestão do Património Cultural, no nosso caso, tem de ser compartilhada com o Estado; aliás, era bom dar uma precedência a esse Estado para determinadas matérias das que se têm apropriado determinadas clientelas a nível autonómico. Se o Ministério de Cultura espanhol tivesse intervindo atempadamente no “Caso de Santa Cruz”, um outro desfecho teria acontecido. 

 As aderências, os apósitos desnecessários que carrega a política de Património Cultural no Estado Espanhol elencam-se da seguinte maneira e sem prelação alguma:  

 1) Práticas localistas  e politização burda.
 2) Autismo cultural e Auto-felicitação.
 3) Criação de clientelas e apaniguados vitalícios.
 4)  Afastamento de outros modelos de gestão e  investimento.
 5) Desconexão, no nosso caso, da realidade castellológica  geral. 
 6) Devaluação dos critérios de Excelência.   

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