5 de out. de 2024

CAMINHA

Caminha, A Guarda e O Rosal querem incluir desassoreamento do Rio Minho na agenda da Cimeira Ibérica


Depois de concluídas as obras no cais de atracação galego, o ferry não pôde retomar as travessias, encontrando-se sobre um banco de areia, perante um canal visivelmente assoreado

Foto: C.M.C.

Infogauda / Caminha

 Os presidentes das câmaras de Caminha, A Guarda e O Rosal enviaram um ofício conjunto, no dia de hoje, dirigido o Primeiro-Ministro de Portugal, para que pudesse ser integrada no âmbito da Cimeira Ibérica, a realizar entre o Governo português e o Governo espanhol, a discussão e a apresentação de soluções para o desassoreamento do Rio Minho. Esta é uma preocupação conjunta destes municípios das margens do Rio Minho.

 O Presidente da Câmara Municipal de Caminha - Rui Lages -; e o alcalde de A Guarda e a alcaldesa do Rosal,  Roberto José Álvarez Carrero, e Ánxela Fernández Callís, respetivamente. assinam conjuntamente o documento, que solicita um debate sério e profundo, mas também soluções para um problema que se arrasta e que prejudica todos os municípios ribeirinhos, em várias frentes, desde logo comprometendo a economia da região que envolve a Eurocidade da Foz do Rio Minho, mas também a segurança, que poderá estar em causa em caso de sinistro ou acidente.

 Esta é mais uma diligência que tenta trazer o tema para a ordem do dia e comprometer os governos ibéricos numa solução. Recorde-se que, ainda esta semana, o assoreamento do Rio Minho foi um dos temas debatidos na reunião ordinária do Executivo de Caminha, tendo ficado novamente expressa a preocupação dos autarcas.

 Ainda no final de setembro, Rui Lages, em declarações à Comunicação Social, foi bastante assertivo sobre o tema, afirmando o interesse do transporte fluvial que, até 2021, era garantido pelo ferryboat Santa Rita de Cássia. Porém, depois de concluídas as obras no cais de atracação galego, o ferry não pôde retomar as travessias, encontrando-se sobre um banco de areia, perante um canal visivelmente assoreado.

 O Presidente da Câmara de Caminha alertou também, na altura, para o perigo do assoreamento do Rio Minho poder colocar em risco a operacionalidade dos meios de socorro em ações de salvamento, num incidente que venha a ocorrer. O condicionamento das atividades ligadas à pesca e às marítimo-turísticas são outros problemas, com reflexos muito sérios para a economia.

 Pelo facto de se tratar de um rio internacional, o assoreamento é um problema que exige o empenhamento dos governos de Portugal e Espanha, não estando qualquer solução ao alcance dos municípios.

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