22 de feb. de 2020

TURISMO

Câmara Municipal de Caminha dá “luz verde” a investimento turístico privado de quatro milhões de euros

Aprovado reconhecimento do relevante interesse público municipal 

Miguel Alves, presidente da Câmara Municipal de Caminha
Foto: C.M.C.


Infogauda / Caminha

 Deverá chamar-se “Âncora – River & Nature”, vai nascer em Vila Praia de Âncora e envolve um investimento de quatro milhões de euros. A futura unidade hoteleira, de quatro estrelas, conta com o apoio da Câmara Municipal, que ontem aprovou a proposta de “reconhecimento de relevante interesse público municipal” do empreendimento turístico. 

 Considerando todos os aspetos envolvidos, nomeadamente a vocação e a aposta que tem vindo a ser feita na área do turismo, a que acresce ainda a relevância económica para o concelho de mais este investimento privado, a Câmara deu “luz verde” aos empreendedores, reconhecendo oficialmente o interesse público, ao aprovar, com a abstenção dos representantes da oposição no Executivo, submeter à Assembleia Municipal a proposta de “Reconhecimento de interesse público municipal de empreendimento turístico” requerida pela empresa Vale do Âncora – Empreendimentos Turísticos, Lda. 

 O processo foi acompanhado por um estudo económico que demonstra o impacto altamente positivo deste investimento, quer na criação de emprego quer na dinamização da economia local. O empreendimento deverá ter 51 unidades de alojamento, com capacidade para acolher 108 pessoas por dia, sendo suscetível de gerar um volume de negócios da ordem de 1,5 milhões de euros/ano. O novo complexo terá ainda impacto no mercado de trabalho, com a criação de 29 novos postos de trabalho. 

 A unidade hoteleira, a construir de raiz, envolverá também espaços destinados à promoção de atividades complementares, favorecidas, como os promotores destacam, pela proximidade e relação com o rio Âncora, qualificando-se ao mesmo tempo a oferta turística do território e, referem, em especial a promoção da vertente de sustentabilidade/valorização do património natural e paisagístico. 

 Estima-se que, anualmente, os 22 mil potenciais hóspedes e toda a dinâmica associada ao complexo possam fazer subir os proveitos do setor no concelho em cerca de 25%. 

 O aldeamento turístico vai nascer num prédio rústico com cerca de 44 mil m2, ocupando menos de metade desta área e preservando as zonas próximas do rio e a vegetação a elas associada. A propriedade em causa fica na Rua da Valada, lugar de Telheira, em Vila Praia de Âncora. 

 Para Miguel Alves, tendo em conta a proposta e a avaliação técnica realizada, o “sim” da Câmara ao investimento é inequívoco e vem ao encontro do esforço que o Município tem vindo a fazer na qualificação da oferta turística, com resultados oficialmente reconhecidos. 

 Recorde-se que o reconhecimento de Relevante Interesse Público Municipal de empreendimento turístico, nos termos da alínea r), n.º 1, do art.º 25º, da Lei 75/2013, de 12 de setembro, é necessária para a obtenção da parte da RAN, de autorização para o destaque da área necessária ao empreendimento. 

 Este investimento surge escassos dias após o anúncio de que, também no Forte da Ínsua, ao largo da praia de Moledo, abandonado há décadas, deverá abrir, no início de 2022, com um centro de atividades turísticas com alojamento, num conceito de quatro estrelas. A concessão do Forte da Ínsua acontece no âmbito do Programa Revive, com uma duração de 50 anos.

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