Arte na Leira 2019 "abre portas" sábado na Casa do Marco
Mais de 40 artistas expõem na 21ª edição, em plena Serra d'Arga
Arte na Leira 2019 "abre portas" sábado na Casa do Marco
Foto: C.M.C.
Infogauda / Arga de Baixo (Caminha)
Arranca este sábado, dia 20 de julho, mais uma edição da Arte na Leira, a 21ª, que ficará até 25 de agosto na Casa do Marco, em Arga de Baixo. A inauguração decorrerá pelas 18h30, e incluirá um conjunto de atividades de animação e fogo de artifício. Mário Rocha é, desde o início, o mentor do evento, que este ano junta mais de 40 nomes ligados às várias expressões artísticas, com destaque para a pintura, escultura, fotografia e cerâmica.
Nome maior na pintura portuguesa contemporânea, Mário Rocha é um artista multifacetado que se exprime em múltiplas áreas, da cerâmica à escultura. Há 21 anos decidiu fazer da sua casa, em plena Serra d’Arga, uma galeria de arte moderna, contrariando opiniões que não conseguiam vislumbrar hipóteses de harmonia entre a arte moderna e a serra agreste e quase deserta. A incredulidade de alguns foi vencida logo nas primeiras edições e hoje a Arte na Leira está consolidada e é um sucesso todos os anos.
“A Serra d’Arga é hoje o centro das atenções, em parte devido ao intenso trabalho de defesa e valorização que estamos a desenvolver, com vista à sua classificação como área de paisagem protegida. É um esforço que iniciámos, de forma enérgica, há pouco mais de cinco anos, e que adquiriu maior visibilidade com a recuperação do Mosteiro de São João d'Arga, em 2014, ele próprio uma joia, agora ainda mais rica e mais brilhante, inserida no coração do riquíssimo património que constitui a nossa serra. Tivessem os políticos a sensibilidade dos artistas, e de um artista em particular, o nosso querido Mário Rocha, e a classificação da Serra d’Arga como área de paisagem protegida, com todos os benefícios que estão associados a esta categoria, já seria mais um capítulo da nossa memória enquanto território”, sublinha o presidente da Câmara.
Miguel Alves acrescenta: “e se é verdade que, como disse Fernando Pessoa, que ‘a arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos’, então Mário Rocha ficará para a história do concelho de Caminha como um dos nossos grandes inspiradores. Porque ele viu primeiro. Porque ele sentiu primeiro”. O presidente reconhece, assim, o contributo do artista Mário Rocha para a visibilidade e valorização, nacional e internacional, da Serra d’Arga.
“Ao instalar na Casa do Marco, em 1999, a ‘Arte na Leira’ - uma exposição de características inéditas, que soma sucessos desde a primeira edição – o artista contagiou-nos, fez-nos sentir que, não apenas a sua casa/galeria como toda a belíssima serra que a envolve, formam um património que nos torna mais ricos enquanto comunidade e enquanto território. Devemos-lhe também isso. Mário Rocha é um exemplo de inteligência e sensibilidade, combinados, diria, em igual medida, com humildade e profissionalismo”, conclui o presidente da Câmara de Caminha.
Mais de quatro dezenas de artistas terão a partir do próximo sábado, nesta 21ª edição, obras expostas na Arte na Leira, casos, entre outros, de Jaime Isidoro, Henrique Silva, Jaime Silva, Luís Coquenão e Henrique Sequeira.
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