6 de ago. de 2021

CAMINHA

CINEMA

Boletim da Sessão nº 456 - "A Grande Ilusão" de Jean Renoir (1937) 

Sexta-feira, 06 de agosto às 21:45 no Teatro Valadares

ATENÇÃO: Uso de máscara obrigatório. Lotação Limitada. Entrada Gratuita.




Locus Cinemae / Caminha

 “O filme A grande ilusão, dirigido por Jean Renoir, focaliza uma história que acontece no período da Primeira Guerra Mundial, ambientada num campo de prisioneiros de guerra franceses, ingleses e russos, sob o domínio alemão. No entanto, ele foge ao gênero clássico-narrativo de filme de guerra, tornado padrão pelo cinema estadunidense. Podemos adiantar que o protagonista do filme é o humanismo. Vamos, a seguir, explicitar este resumo.  

 Trata-se de um filme fora do padrão clássico-narrativo, sobretudo pelo fato dele ser ímpar, isto é, abstém-se de ser um mimetismo de vários outros filmes que lhe antecederam e outros que lhe viriam a seguir. Não é um filme de guerra, em que pese ter a guerra como ambiente geral. Menos ainda o é um musical, malgrado ter cenas nas quais as personagens cantam, inclusive de forma coreografada. Tampouco se trata de um filme de suspense, nem quando os planejamentos de fuga por parte dos protagonistas deixam no ar se eles conseguirão ou não realizar seus intentos. Um filme de amor, também não, a despeito de haver cenas que retratam o idílio amoroso entre a personagem principal e uma moça alemã que ele encontra em um caminho de fuga da prisão. Portanto, resulta inviável catalogá-lo em uma das várias categorias do cinema clássico-narrativo. Parece-nos evidente que A grande ilusão é deliberadamente (por parte de Renoir) uma subversão a este gênero. Então como poderíamos classificá-lo? Primeiramente, é mister considerar que estamos diante de um filme que avoca a pretensão de fugir a rótulos. Não obstante, se quisermos dar-lhe um rótulo, mesmo assim de forma abstrata, poderíamos tê-lo como um filme de autor, mais precisamente um cinema de autor, levando-se em conta o fato de a filmografia de Renoir ser um todo harmonicamente autoral. Um filme que é uma livre expressão do pensar cinematográfico de Renoir, assim como há filmes que são a livre expressão do pensar cinematográfico de Eisenstein, Pasolini, De Sica, Rossellini, Fellini, Buñuel, Carl Dreyer, Bergman, Godard, Cassavetes, Glauber, Candeias, Bressane, Sganzerla, etc.”  

http://sombraseletricas.webnode.pt/arquivo/a-grande-ilus%C3%A3o-anticlassico-narrativa-de-jean-renoir-vinicius-bandera/

FICHA TÉCNICA:  

Título original: La Grande Illusion, França, 1937  Realização: Jean Renoir   

Produção:  Albert Pinkovitch e Frank Rollmer

Argumento: Jean Renoir e Charles Spaak   

Música: Joseph Kosma   

Fotografia: Christian Matras   

Montagem: Marthe Huguet e  Marguerite Renoir  

Duração: 114 minutos     

FICHA ARTÍSTICA:  

Jean Gabin:  Maréchal  

Marcel Dalio: Rosenthal  

Pierre Fresnay: Boeldieu  

Erich von Stroheim: Von Rauffenstein  

Julien Carette: Cartier  

Gaston Modot: engenheiro  

Georges Péclet: Oficial  

Werner Florian: Sargento Artur  

Jean Dasté: Professor    

Sylvain Itkine: Demolder



Programação     

Ciclo Play It Again   

06 de agosto, “A Grande Ilusão”, Jean Renoir, França, 1937, Sessão 456 (M/6)  

13 de agosto, “O Desconhecido do Norte-Expresso”, Alfred Hitchcock, EUA, 1951, Sessão 457 (M/12)  

20 de agosto, “Morte em Veneza”, Luchino Visconti, Itália / França , 1971, Sessão 458 (M/18)  2

7 de agosto, “The Goat” e “The Blacksmith”, Buster Keaton,  EUA, 1921 e 1922, Sessão 459* (M/6)  

*Cinema Concerto



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