12 de xuño de 2017

CAMINHA

ADJUDICADA INTERVENÇÃO NO CAIS DOS PESCADORES E FRENTE RIBEIRINHA DE CAMINHA

Montagem do estaleiro de obra e início da intervenção está a ser concertada com a comunidade piscatória

É irreversível, os pescadores de Caminha vão finalmente ter condições dignas e apropriadas para trabalhar e a marginal de Caminha

Infogauda / Caminha

 A obra de "Revitalização da Frente Ribeirinha de Caminha - Cais dos Pescadores", um investimento próximo do milhão de euros, está adjudicada e a intervenção deve começar dentro de poucas semanas. Foi já realizada uma reunião de trabalho entre a Câmara Municipal, empreiteiro, Junta e Freguesia de Caminha e Vilarelho, Polis Litoral Norte e pescadores, para discutir alguns pormenores e preparar a montagem do estaleiro.   

 É irreversível, os pescadores de Caminha vão finalmente ter condições dignas e apropriadas para trabalhar e a marginal de Caminha vai ganhar outra envergadura em termos visuais e de fruição, quer para os munícipes quer para o turismo, que potenciará esta zona de excelência.   

 Recorde-se que o projeto foi executado em 2015, em colaboração com o Comandante do Porto de Caminha e com a Associação dos Pescadores do Rio e Mar. A candidatura Requalificação e Revitalização da Frente Ribeirinha de Caminha - Cais dos Pescadores, um investimento financiado pelo Programa Operacional Mar 2020 em 75%, foi posteriormente formalizada e aprovada. Havia já uma intervenção assegurada, em sede de Orçamento Participativo, mas conseguiu-se ir muito mais longe.  

 A resposta, que tardou décadas, chega finalmente dentro de dias. Faz-se justiça à comunidade piscatória que, há muitos anos, reivindicava um cais seguro, que dignificasse o seu trabalho. Conforme disse na altura da candidatura do projeto, o presidente da Câmara, Miguel Alves, "esta é uma vitória de toda a comunidade mas é, sobretudo, uma vitória dos pescadores que se mobilizaram para participar na elaboração do projeto do novo cais com a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, a Polis Litoral Norte e a Capitania de Caminha (com o então comandante Gonzalez dos Paços) em primeiro lugar, e depois através da votação no Orçamento Participativo de Caminha, que permitiu encontrar uma primeira verba para podermos avançar com as obras. No concelho de Caminha o paradigma de intervenção mudou: agora os resultados não se ficam pelas imagens do powerpoint, agora os resultados são concretos e servem o interesse das pessoas. Esta será uma das grandes obras de Caminha em 2017".  



 De acordo com o projeto, a intervenção tem como objetivos: o aumento da área do "plateau" do cais de forma a possibilitar, não só uma maior arrumação de embarcações em seco (para atividades de manutenção/reparação) como o incremento da capacidade de manuseamento de aprestos de pesca; a melhoria das condições de uso da rampa-varadouro; o incremento da capacidade de atracação, nas devidas condições de segurança, e uma maior aproximação do cais ao canal de navegação (onde os fundos batimétricos são mais favoráveis, principalmente para embarcações de maiores dimensões); e uma perspetiva de funcionamento e indissociável convivência com a população local e turistas, consentânea com a nova e moderna Marginal de Caminha que no futuro próximo se pretende tornar realidade.  


 Esta é a primeira intervenção de fundo na marginal do concelho, em mais de três décadas, que vem beneficiar os pescadores. A obra vai ser realizada no quadro do Programa Operacional Mar 2020, que só foi operacionalizado pelo atual Governo em 2016. A obra foi apresentada no início deste ano, quando já decorria o concurso público, em Caminha, numa cerimónia presidida pela Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, em que foi feita a apresentação pública das ações Mar 2020 da Polis Litoral Norte.  

Faz-se justiça à comunidade piscatória que, há muitos anos, reivindicava um cais seguro

 Nessa altura, Miguel Alves lembrou que as vozes dos pescadores nunca foram ouvidas e reiterou que "este é o momento de colocar o século XXI ao serviço dos pescadores", que ainda há pouco tempo se viam obrigados a esforços absurdos, quase inacreditáveis, e a correr riscos inaceitáveis. "Os pescadores estiveram esquecidos e abandonados durante demasiado tempo. Durante décadas não se fez nada, mesmo nada, pelos pescadores de Caminha. Nós recuperamos o cais de atracação da Foz do Minho; nós pusemos um ponto de água nos Estaleiros do Quintas como era pedido há anos; nós colocamos escadas de acesso às embarcações (os pescadores antes tinham que escorregar pela marginal e foram muitas as quedas por causa disso); nós recuperámos já a rampa existente no cais da vila e vamos fazer uma segunda intervenção para a prolongar junto à areia" - elencou Miguel Alves.

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