Considerações paisagistas em Oia
Aditamentos
Encontros Poliorcéticos / Oia
Ingrediente poliorcético é importante na história ibérica de suas nações. A mistura do religioso e o militar faz-se hábito adquirido em estruturas arquiteturais. Vamos elencar exemplos da realidade portuguesa que abonam tal ideia, ideia decorrente de um cenário geográfico caracterizado por uma bipolaridade que envolve tudo ou quase tudo. De longe, o mosteiro de Oia não é somente um cenóbio por acaso implantado à beira do oceano Atlântico; por razões evidentes é também resultado da necessidade defensiva decorrente de um território organizado. Nem sequer este mosteiro cisterciense é o único desta ordem no Atlântico, nem o único ao pé do mar, de um qualquer mar. Nos grupos privados é conhecida a truculência omnipresente de criar "verdades" à conveniência, sem um apurado assento na realidade, por forma a moldar uma opinião unidirecional. Assim sendo, podemos elencar ao acaso templos acastelados em território português tais como a Igreja do Espírito Santo (Cabeço de Vide) ou de Santa Maria (Estremoz), a Sé (Faro) ou a Igreja Matriz (Caminha); ou citar igualmente essa Igreja Matriz (Almeida) ou essa outra de Santa Maria (Bragança). Apurando este elenco citaremos o exemplo da Igreja românica de Rates (Póvoa de Varzim), a Igreja Matriz de Santa Maria Maior (Barcelos) ou a Sé catedral (Viana do Castelo)... ou fazer alusão da Igreja de Vila Nova (Foz Côa), da Igreja de Nossa Senhora da Assunção (Elvas), da Igreja de Nossa Senhora da Purificação (Bucelas) e de mais outros casos exponenciais.
Um número realmente indeterminado de templos é merecedor de esta significância geral: assim, valerá a pena continuar citando estes: Igreja Matriz de Egas (Coimbra), Igreja Matriz (Pedrógão Grande), Igreja Matriz de Alegrete (Portalegre), capela de Nossa Senhora de Boa Nova (Terena- Alandroal), igreja colada às muralhas de Mourão, aludindo esses outros casos de templos inseridos dentro de aparatos defensivos, vejam-se a fortaleza de Juromenha ou a igreja de Sta. Maria do castelo (Tavira), a igreja de Sta. Maria do castelo (Castelo Branco) e a igreja de Sta. Maria do castelo (Castelo Mendo), terminando esta listagem com os ineludíveis exemplos de Leça do Balio, Travanca, convento de Cristo de Tomar, Sé de Coimbra, Igreja de Santiago de Coimbra, Sé de Lisboa, Sé catedral de Guarda e voltando, já agora, aos casos de São Martinho de Mouros ou Sta. Maria de Cárquere. A fortificação dos recintos religiosos não será um mero acaso, antes bem uma simbiose. Recintos monacais ao pé do mar sempre existiram e há nutridos exemplos disto.


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