18 de dec. de 2022

OIA

Considerações paisagistas em Oia

Aditamentos   


Leça do Balio


Encontros Poliorcéticos / Oia

 Ingrediente  poliorcético  é  importante  na  história  ibérica  de  suas  nações.  A  mistura  do  religioso  e  o  militar  faz-se  hábito  adquirido  em  estruturas  arquiteturais.  Vamos  elencar  exemplos  da  realidade  portuguesa  que  abonam  tal  ideia,  ideia  decorrente  de  um  cenário  geográfico  caracterizado  por  uma  bipolaridade  que  envolve  tudo  ou  quase  tudo.  De  longe,  o  mosteiro  de  Oia  não  é  somente  um  cenóbio  por  acaso  implantado  à  beira  do  oceano  Atlântico;  por  razões  evidentes  é  também  resultado  da  necessidade  defensiva   decorrente  de  um  território  organizado.  Nem  sequer  este  mosteiro  cisterciense  é  o  único  desta  ordem  no  Atlântico,  nem  o  único  ao  pé  do  mar,  de  um  qualquer  mar.  Nos  grupos  privados  é  conhecida  a  truculência  omnipresente  de  criar "verdades"  à  conveniência,  sem  um  apurado  assento  na  realidade,  por  forma  a  moldar  uma  opinião  unidirecional.  Assim  sendo,  podemos  elencar  ao  acaso  templos  acastelados  em  território  português  tais  como  a  Igreja  do  Espírito  Santo  (Cabeço  de  Vide)  ou  de  Santa  Maria  (Estremoz),  a  Sé   (Faro)  ou  a  Igreja  Matriz   (Caminha);  ou  citar  igualmente  essa  Igreja  Matriz  (Almeida)  ou  essa  outra  de  Santa  Maria  (Bragança).  Apurando  este  elenco  citaremos  o  exemplo  da  Igreja  românica  de  Rates  (Póvoa  de  Varzim),  a  Igreja  Matriz  de  Santa  Maria  Maior  (Barcelos)  ou  a  Sé  catedral  (Viana  do  Castelo)... ou  fazer  alusão  da  Igreja  de  Vila  Nova  (Foz  Côa),  da  Igreja  de  Nossa  Senhora  da  Assunção  (Elvas),  da  Igreja  de  Nossa  Senhora  da  Purificação  (Bucelas)  e  de  mais  outros  casos  exponenciais.  


Travanca

 Um  número  realmente  indeterminado  de  templos  é  merecedor  de  esta  significância  geral:  assim,  valerá  a  pena  continuar  citando  estes:  Igreja  Matriz  de  Egas  (Coimbra),  Igreja  Matriz  (Pedrógão  Grande),  Igreja  Matriz  de  Alegrete  (Portalegre),  capela  de  Nossa  Senhora  de  Boa  Nova  (Terena- Alandroal),  igreja  colada  às  muralhas  de  Mourão,  aludindo  esses  outros  casos  de  templos  inseridos  dentro  de  aparatos  defensivos, vejam-se  a  fortaleza  de  Juromenha  ou  a  igreja  de  Sta.  Maria  do  castelo (Tavira), a  igreja  de  Sta.  Maria  do  castelo  (Castelo  Branco)  e  a  igreja  de  Sta.  Maria  do  castelo  (Castelo  Mendo), terminando  esta  listagem  com  os  ineludíveis  exemplos  de  Leça  do  Balio,  Travanca,  convento  de  Cristo  de  Tomar,  Sé  de  Coimbra, Igreja  de  Santiago  de  Coimbra, Sé  de  Lisboa,  Sé  catedral  de  Guarda  e  voltando,  já  agora, aos  casos  de  São  Martinho  de  Mouros  ou  Sta.  Maria  de  Cárquere.  A  fortificação  dos  recintos  religiosos  não  será  um  mero  acaso,  antes  bem  uma  simbiose.  Recintos  monacais  ao  pé  do  mar  sempre  existiram  e  há  nutridos  exemplos  disto.  

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