Ao som de Chassol, Rodrigo Leão, Rui Massena e Wim Mertens
REGRESSO DO EMBLEMÁTICO CERVEIRA AO PIANO FOI UM SUCESSO
Teresa Juncal Pires / Vila Nova de Cerveira
Foi num ambiente de grande entusiamo, animação e, com casa cheia, que Vila Nova de Cerveira recebeu o regresso do emblemático festival Cerveira ao Piano. Nos dias 22 e 23 de julho, os artistas nacionais e internacionais Chassol, Rodrigo Leão, Rui Massena e Wim Mertens subiram ao palco do Auditório Municipal para duas noites de música de excelência.
Para o autarca Rui Teixeira “foi com enorme prazer que assistimos ao regresso desta marca cultural forte do nosso concelho. Pela sua dinâmica e elevação cultural, acredito ser um momento musical de referência para oferecer aos cerveirenses uma agenda cultural de qualidade e, ao mesmo tempo, ser uma alavanca para o nosso turismo”.
O festival arrancou, no dia 22 de julho, com a atuação do pianista, compositor e diretor musical de nomes de elevada referência musical, o francês Christophe Chassol. Carismático e talentoso, Chassol assinou peças artísticas que desafiam as classificações. As suas composições articulam vozes, música, sons e imagens em novos objetos audiovisuais e o público vibrou.
A segunda atuação da noite foi do músico e compositor português, Rodrigo Leão, que ao longo do seu percurso, tem composto e pensado alguns dos seus álbuns como se de filmes se tratassem: uma história para contar. A partir daí, tal como num filme, trata-se de fazer o casting certo de vozes para cada personagem que assume um papel nesta narrativa. Complementado com ambientes sonoros e música, o compositor português realiza a montagem final que dá a cada disco uma abrangência musical diversa, ditada pela história de cada “filme”. Em Cerveira subiu ao palco acompanhado pela filha Rosa Leão e apresentou, pela primeira vez, uma composição criada para dois pianos.
Já a noite de sábado, dia 23, ficou marcada pelas atuações do músico e compositor, Rui Massena, e do compositor, contratenor, vocalista, pianista, guitarrista e musicólogo belga, Wim Mertens. O primeiro a subir ao palco foi Rui Massena que, depois de se ter afirmado durante anos como maestro e diretor de orquestra, tem vindo a construir uma sólida carreira como compositor e pianista. A sua vasta experiência musical, que se traduz na edição de quatro álbuns e concertos nas mais prestigiadas salas dentro e fora de portas, dá-lhe uma bagagem invejável e singular, que se traduz num fascinante universo de melodias. A sua música está hoje presente em algumas das mais importantes playlists mundiais da corrente Modern Classic e o seu nome é referido entre os expoentes de um género que agrega cada vez mais seguidores em todo o mundo.
A noite continuou com a atuação de Wim Mertens, um dos grandes ícones da mais avançada música contemporânea, um artista com uma obra de referência que se espalha por 4 décadas de intensa criatividade. Ao longo da sua carreira musical, o compositor refinou a sua linguagem, compôs para diversos instrumentos e ensembles e firmou o seu nome no panorama internacional com recitais regulares nas melhores salas do planeta, a solo, em pequenas formações e até com orquestras.
E foi neste ambiente musical ao som de prestigiados músicos e compositores que, após nove anos de interrupção, o executivo municipal devolveu a Vila Nova de Cerveira este ícone cultural que colocou a Vila das Artes no mapa cultural.
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