PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(213ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
De novo sai à tona um texto revelador do investigador 'Jorge Virgolino Ferreira' acerca da hidraúlica cisterciense que não pode ser esquecido, antes bem relembrado: 'REDE HIDRAÚLICA GERAL: Até que o encanamento de água potável corrente ao mosteiro estivesse superado por mananciais próprios, a fraternidade era abastecida, através de uma adução manual, por água nativa extraída diretamente de cursos a céu aberto, de fontes ou de poços escavados no precinto cenobítico, aproveitando o nível freático do lugar. Nos seus inícios, esse processo rudimentar e único bastava aos gastos e às necessidades primárias quotidianas do "acampamento" abacial, mas não respondia às exigências ulteriores de um mosteiro em pleno crescimento demográfico, ou seja, à satisfação de um aumento dos consumidores de água. Por consequência, foi necessário proceder a trabalhos hidraúlicos mais complexos de captação de água fresca em nascentes afastadas e trazê-la para o mosteiro, graças à construção de um conduto. O conhecimento prévio dos fatores topográficos e hidrogeológicos do meio físico onde essas obras de exploração e transporte de água foram efetuadas revelou-se fundamental para o bom desempenho dos respetivos sistemas de abastecimento às comunidades religiosas (Conclusión primera y fundamento de todo monasterio cisterciense).
AS ESTRUTURAS HIDRAÚLICAS DEFINITIVAS DE UM MOSTEIRO CISTERCIENSE OBRIGAVAM À CONSTRUÇÃO DE UM DUPLO SISTEMA (Memorizar todo esto es una necesidad básica), INDEPENDENTE E COM EXTENSÕES E NÍVEIS DE EXECUÇÃO E DIFICULDADE TÉCNICA DISTINTOS: UM, DE APROVISIONAMENTO DE ÁGUA LIMPA AOS LUGARES REGULARES (EM CANALIZAÇÃO FECHADA) E OUTRO, DE CONDUÇÃO DE ÁGUA COMUM E USADA - HOJE DIZEMOS ÁGUAS POLUÍDAS -, PARA ACCIONAR MOINHOS E FORJAS, IRRIGAÇÃO DE TERRENOS, SANEAMENTO DE LATRINAS, ETC.. (EM CANAL ABERTO). 'Podemos esquematizar essas redes em dois grupos essenciais, que têm origens, ciclos e finalidades hidraúlicos diferenciados (añade Jorge Virgolino), mas de coerência complementar, adequados à natureza da utilização das águas e à qualidade bacteriológica exigida, a saber: (aqui Virgolino da la estocada definitiva a los que ocultan la arqueología sin interferencias).
● 'REDE DE ÁGUA POTÁVEL' : Captação (minas ou poços); Transporte (canalização fechada); Armazenamento (cisternas ou tanques); Distribuição (lavatório ou fonte, cozinha, zona de conversos e enfermaria).
● 'REDE DE ÁGUA COMUM E USADA' : Captação (rio ou ribeiro); Transporte (geralmente, através de levada); Distribuição (usos industriais, atividades agrícolas e produção piscícola); Descarga (sobras do lavatório ou da fonte e esgotos doméstico, fecal e pluvial). (ES ESTO JUSTAMENTE LO QUE SE HA DEJADO DE LADO EN LOS MONASTERIOS CISTERCIENSES, SEAN ESTOS PORTUGUESES, DE LA CONGREGACIÓN CISTERCIENSE DE CASTILLA EN GALICIA, DE NAVARRA O DE ARAGÓN).
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