2 de xuño de 2022

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia  

(212ª parte)   


 Publicidade desnecessária e invasiva

 

ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia   

 'VASCO- GALLEGA  DE  CONSIGNACIONES'  acapara  mais  do  80%  das  movimentações  de  blocos  de  granito,  sediando  muito  em  primeiro  lugar  as  suas  operações  no  macroporto  de  Vigo.  Esta  MULTINACIONAL  faturava  em  2007  38  milhões  de  Euros  e  calculava  repetir  um  recorde  no  exercício  seguinte  de  45  milhões  de  Euros.  As  suas  atividades  compreendem  o  granito,  a  madeira,  o  alumínio,  a  siderurgia,  as  TORRES  EÓLICAS,  mas  não  fica  por  aí.  Os  últimos  anos  desenvolveu  uma  expansão  de  solo  industrial  que  tinha  por  base:  

42.000  m2  de  superfície  em  Namibe  (Angola)  com  ramais. 

10.500  m2  em  O  Porriño  (onde  fazem  depósitos  de  granito,  contentores  ou  componentes  do  setor  automóvel). 

Renovação  das  suas  estruturas  no  Porto  de  Vigo  (  onde  deposita  guindastes  ou  empilhadoras  ).  Nova  terminal  portuária. 

Polígono  de  Salvaterra- As  Neves  (Plataforma  Multimodal  para  mercadorias,  transporte  e  veículos).  Solicitou  para  isso  50.000  m2.    



 

 Os  herdeiros  de  Ernesto  Romeu  San  Román  nos  últimos  32  anos  (date-se  o  ano  de  2008)  tem  consignado  mais  de  4.500  navíos,  facturado  mais  de  650  milhões  de  Euros  e  manipulado  mais  de  10  milhões  de  toneladas.  'Vasco- Gallega  de  Consignaciones'  nasce  em  1976  (tem  ao  todo  46  anos  de  existência),  sendo  que  a  economia  portuária  de  Vigo  lhe  deve  atualmente  a  sua  razão  de  ser.  É  um  gigante  que  não  tem  travão  (32,1  milhões  faturados  em  2021)  e  em  matéria  de  logística  cedo  se  apressa  e  ultrapassa  à  concorrência.  Agora,  dá  os  seus  primeiros  passos  no  campo  do  'património  cultural',  comprando  por  2,4  milhões  de  Euros  o  mosteiro  cisterciense  de  Santa  Maria  de  Oia  (2004).  Primeiro  erro  da  'Fundação  Mercantil  Real  Mosteiro  de  Oia'  será  aplicar  critérios  logísticos  e  desenvolvistas  em  sede  monástica.  Somemos  a  isso  uma  prática  improvisadora,  de  remendos,  nos  primeiros  anos  de  posse  privada  até  os  anos  2016  ou  2017  (reconhecido,  admitido  pela  própria  'RMO')  que  levará  o  cenóbio  à  Lista  Vermelha  (Lista  Roja)  de  'Hispania  Nostra'.  A  opacidade  deste  grupo  privado  resulta  exponencial  e  as  'negas'   dadas  a  um  mínimo  processo  contraditório  não  são  casualidade.  Chama  a  atenção  o  fator  desmobilizador  que  se  verifica  em  tudo  o  relativo  a  esse  empreendimento  urbano  em  Oia,  as  renúncias  e  os  silêncios.  'Operação  Oia'  será  tudo  menos  uma  reabilitação  em  termos  (com  efeito,  trata-se  de  uma  renovação  urbana  em  cheio).  Esta  operação  se  faz  com  recurso  ao  'lenga,  lenga'  mercantil,  como  apêndice  ao  negócio  bruto  urbanizador.  Surpreende  conferir  dois  estilos  bem  opostos  nesta  'RMO'  onde  alternam  a  linguagem  lisonjeira  e   as  falinhas  mansas  com  uma  outra  expressão  bem  mais  assente  na  rudeza  o  na  ausência  de  maneiras.  Maneiras  rudes  é  que  não  haverá  nas  cumplicidades  entre  Xunta  e  este  grupo  privado  á  hora  de  dar  via  livre  à  calendarização  marcada  pela  consignatária.  Por  enquanto,  sensivelmente,  sofrem  todo  o  tipo  de  atrasos  no  que  toca  a  execução  de   obras.  Deve  haver  um  envolvimento  mais  rigoroso  de   todos  aqueles  que  desde  sempre  optaram  pela  simples  Execução  Forçada  (Ejecución  Forzosa).   

 

 Artigo precedente. 

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