PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(193ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
'Fundação Real Mosteiro de Oia' (simil de granito, madeira e eólicas) intervirá com uma comunicação no 'IV Encontro Internacional de Abadias Cistercienses', a celebrar em Alcobaça nos dias 8 e 9 de abril deste ano. Dentro da consideração de grupo privado específico convinha salientar o verdadeiro interesse que mantém em concretizar UMA RENOVAÇÃO URBANA ABRANGENTE MISTURADA COM UMA REABILITAÇÃO PROMETIDA DO MOSTEIRO OIENSE (de molde a conseguirem um nicho nesse mercado global). A cavalo entre um oportunismo evidente, a 'Declaração de Veneza- INTBAU' e os ganhos que lhe reporta um dito prémio 'AHI- Architectural Heritage Intervention' tenta fazer-se um oco no mercado globalizante-turistificado (para isso estão os prémios…). No recente passado, as resistências oferecidas em apoio da 'Carta de Veneza' de 1965 ganhavam fôlego e gozavam de inegável autoridade. Esta história evita-se, é preterida, importa no início do século XXI dar cabimento às arquiteturas ditas desimpedidas, globais e frívolas.
A consistência dos argumentos expostos pela 'Carta de Veneza' obtinha novos réditos com o próprio passar do tempo e uma acumulada experiência probatória (vejam a aportação de autores mexicanos, por exemplo). Para revisar os seus conteúdos era precisa uma subversão em todas as ordens que indiciava puro experimentalismo. Dá-se um antes e um depois perante o ano de 2007: Arquitetura aderente não é arquitetura complementar. Asim sendo, o grupo privado apresenta-se no mosteiro de Alcobaça com uma comunicação na mala, em língua inglesa…, titulada 'The Monastery of Oia, the challenge of sustainability applied to heritage", ou 'O desafio da sustentabilidade aplicado ao património'. É obvio que ninguém vai-lhes condicionar na sua exposição, sendo uma oportunidade como outra qualquer; também é um risco acrescido por quanto pretende-se ESCOAR UM PRODUTO URBANO PRESCINDINDO, AO QUE PARECE, DA COMPONENTE ARQUEOLÓGICA, DESIGNADAMENTE DO SISTEMA HIDRAÚLICO. Visa-se obter um 'Ok' apresentando-se em Alcobaça como uma Fundação que tenciona ministrar lições de urbanismo globalizador. As nossas reservas sempre estarão prontas para serem abanadas ! Esta solene e pretensa manobra de alto gabarito (menos…) resume-se numa RENOVAÇÃO URBANA CONVENCIONAL E COMENSALISTA, COM ACRÉSCIMOS INDEVIDOS E DETURPADORES DE 3.200 M/ Quadrados, UM PARQUE URBANOIDE RE-CENTRALIZADO (QUE PROTELA O ARRABALDE) E A SAGRAÇÃO EM NEGATIVO DA ARQUEOLOGIA NÃO INDEPENDENTE.
(Continuará)
Ningún comentario:
Publicar un comentario