PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(182ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
Estabelecer quaisquer dúvidas acerca de Valença do Minho como ponto nodal de dois caminhos portugueses para Santiago é um atrevimento. Adjetivar, ou qualificar, de 'Camiño Portugués pola Costa' um percurso na costa galega do sul é outro disparate feito norma, muito embora tenha sido oficializado. Fazer menção de D. Ildefonso de la Campa Montenegro como homem chave neste sarilho todo é predisposição a não querer resolver as coisas. Evitar a "promoção de caminhos jacobeus não oficiais" perante os certificadores lusos, o Estado Português, é o primeiro erro de vulto da parte de um professor que exerce como presidente de uma câmara galega. Uns e outros habituaram-se ao engano feito verdade. Os factos apontam ao errado costume de associar o Jacobeu ao Turismo, acontecendo logo o previsível rasgar de roupas. Mas é esse e não outro o verdadeiro rosto, o verdadeiro 'Plano B' de todos os políticos do Baixo Minho. Eles veem razoável o que para muitos de nós é uma miscigenação, uma conveniente mestiçagem de enformados arquitetónicos onde perde todo o seu significado templo e claustros, para não falar do território cisterciense. O dualismo enfrentado entre Património e Urbanização segue em pé; daí questionarmos todo o projeto 'AHI'.
As razões esgrimidas pelas forças políticas locais são pura miniaturização de um problema muito maior que pede um tratamento exclusivamente patrimonial e universal do assunto que nos ocupa. 'ICOMOS- España' deve ser informada disto, tal como 'ICOMOS- Portugal', porque o projeto 'AHI' inspira reservas e cuidados de maior. Uma paisagem monacal não é nem de longe uma "paisagem" urbana; somatório de todos os elementos no Císter faz aquela. No futuro, esta ver-se-á envilecida pela urbanização, tão simples quanto isso. Dar-se-á uma subsidiariedade do próprio território monacal pelo facto do 'Novo Parque' constituir-se em emplastro e abranger uma falsa centralidade. Na variante desse 'Caminho Português da Costa' tudo gira em redor da turistificação de Oia, sendo o ponto fulcral da questão. Cenografia do dito 'rasgar de vestes' foi esperada por todos, no intuito de dar força às meias verdades e de molde a fazer um 'pressing' que deslegitima ao senhor Lomba. Na realidade, Ildefonso de la Camba Montenegro não pode imiscuir-se nos assuntos do governo português, dado não lhe dizer respeito nenhum, visto saber ele próprio que isso acaba em nada. Será capaz de contrariar a Portaria n° 67/2022, nos termos do artigo 9° do Decreto- Lei n° 51/2019, de 17 de abril, para a certificação do autêntico 'Caminho Português da Costa'?
Ildefonso de la Camba Montenegro tem ascendente provado na Xunta e no governo de Madrid. Tem sido 'Assessor' da Xunta galega, entre julho de 2018 e outubro de 2020; 'Diretor Geral de Migrações' em Madrid, no periodo de janeiro de 2017 e outubro de 2020, e 'Director Xeral de Maiores e Persoas con Discapacidade' aquando começa esta disparatada história-não história da "pandemia". Ele é do 'staff' da Xunta, aceite e capaz para o que der e vier. Atualmente ocupa o posto de 'Director da S.A. de Xestión do Plan Xacobeo' desde outubro de 2020. Pois bem, e aquí revelam-se algumas verdades molestas, aparecem em abril do ano 2020 queixas-crime perante a Fiscalia sobre altos cargos da Conselharia de Politica Social pela situação vigorante nas residências galegas (note-se a generalidade do caso), assinadas pela 'Federación Galega de Asociacions de Usuarias e Familiares de Usuarias de Residencias e da Dependencia'. Em primeiro lugar figura 'Ildefonso de la Campa Montenegro' junto do 'Subdirector Xeral de Autorización e Inspección de Servizos Sociais', D. Fernando González Abeijón; a seguir a 'Jefa do Servizo de Inspección de Maiores e Discapacitados', Dna. Berta Besada, e todas as pessoas que ostentaram postos de responsabilidade no último ano e meio. Citam-se delitos recolhidos nos artigos 195°, 196°, 229° ou 404° do Código Penal; fala-se de denegação de auxílio, abandono, omissão do dever de socorro, com resultado de mortes e lesões, tudo realizado de forma dolosa e prevaricação. Pede-se, enfim, uma investigação, as cópias de todas as queixas recebidas no último ano e meio e um registo das atividades concludentes nas residências. Responsabiliza-se à 'Conselharia de Política Social' por falha na previsão e não aplicar medidas atempadas de proteção e higiene. Mais de um milhar de contagiados nessas residências e 150 casos confirmados de morte. É a atitude preconceituosa e discriminatória chamada IDADISMO-AGEISM.
(Continuará)
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