8 de feb. de 2022

OIA

 PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia  

(182ª parte) 




ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia   

 Estabelecer  quaisquer  dúvidas  acerca  de  Valença  do  Minho  como  ponto  nodal  de  dois  caminhos  portugueses  para  Santiago  é  um  atrevimento.  Adjetivar,  ou  qualificar,  de  'Camiño  Portugués  pola  Costa'  um  percurso  na  costa  galega  do  sul  é  outro  disparate  feito  norma,  muito  embora  tenha  sido  oficializado.  Fazer  menção  de  D.  Ildefonso  de  la  Campa  Montenegro  como  homem  chave  neste  sarilho  todo  é  predisposição  a  não  querer  resolver  as  coisas.  Evitar  a  "promoção  de  caminhos  jacobeus  não  oficiais"  perante  os  certificadores  lusos,  o  Estado  Português,  é  o  primeiro  erro  de  vulto  da  parte  de  um  professor  que  exerce  como  presidente  de  uma  câmara  galega.  Uns  e  outros  habituaram-se  ao  engano  feito  verdade.  Os  factos  apontam  ao  errado  costume  de  associar  o  Jacobeu  ao  Turismo,  acontecendo  logo  o  previsível  rasgar  de  roupas.  Mas  é  esse  e  não  outro  o  verdadeiro  rosto,  o  verdadeiro  'Plano  B'  de  todos  os  políticos  do  Baixo  Minho.  Eles  veem  razoável  o  que  para  muitos  de  nós  é  uma  miscigenação,  uma  conveniente  mestiçagem  de  enformados  arquitetónicos  onde  perde  todo  o  seu  significado  templo  e  claustros,  para  não  falar  do  território  cisterciense.  O  dualismo  enfrentado  entre  Património  e  Urbanização  segue  em  pé;  daí  questionarmos  todo  o  projeto  'AHI'.     

 As  razões  esgrimidas  pelas  forças  políticas  locais  são  pura  miniaturização  de  um  problema  muito  maior  que  pede  um  tratamento  exclusivamente  patrimonial  e  universal  do  assunto  que  nos  ocupa.  'ICOMOS-  España'  deve  ser  informada  disto,  tal  como  'ICOMOS- Portugal',  porque o  projeto  'AHI'  inspira  reservas  e  cuidados  de  maior.  Uma  paisagem  monacal  não  é  nem  de  longe  uma  "paisagem"  urbana;  somatório  de  todos  os  elementos  no  Císter  faz  aquela.  No  futuro,  esta  ver-se-á  envilecida  pela  urbanização,  tão  simples  quanto  isso.  Dar-se-á  uma  subsidiariedade  do  próprio  território  monacal  pelo  facto  do  'Novo  Parque'  constituir-se  em  emplastro  e  abranger  uma  falsa  centralidade.  Na  variante  desse  'Caminho  Português  da  Costa'  tudo  gira  em  redor  da  turistificação  de  Oia,  sendo  o  ponto  fulcral  da  questão.  Cenografia  do  dito  'rasgar  de  vestes'  foi  esperada  por  todos,  no  intuito  de  dar  força  às  meias  verdades  e  de  molde  a  fazer  um  'pressing'  que  deslegitima  ao  senhor  Lomba.  Na  realidade, Ildefonso  de  la  Camba  Montenegro  não  pode  imiscuir-se  nos  assuntos  do  governo  português,  dado  não  lhe  dizer  respeito  nenhum,  visto  saber  ele  próprio  que  isso  acaba  em  nada.  Será  capaz  de  contrariar  a  Portaria  n° 67/2022,  nos  termos  do  artigo  9°  do  Decreto- Lei  n°  51/2019,  de  17  de  abril,  para  a  certificação  do  autêntico  'Caminho  Português  da  Costa'? 




 Ildefonso  de  la  Camba  Montenegro  tem  ascendente  provado  na  Xunta  e  no   governo  de  Madrid.  Tem  sido  'Assessor'  da  Xunta  galega,  entre  julho  de  2018  e  outubro  de  2020;  'Diretor  Geral  de  Migrações'  em  Madrid,  no  periodo  de  janeiro  de  2017  e  outubro  de  2020,  e  'Director  Xeral  de  Maiores  e  Persoas  con  Discapacidade'  aquando  começa  esta  disparatada  história-não  história  da  "pandemia".  Ele  é  do  'staff'  da   Xunta,  aceite  e  capaz  para  o  que  der  e  vier.  Atualmente  ocupa  o  posto  de  'Director  da  S.A.  de  Xestión  do  Plan  Xacobeo'  desde  outubro  de  2020.  Pois  bem,  e  aquí  revelam-se  algumas  verdades  molestas,  aparecem  em  abril  do  ano  2020  queixas-crime  perante  a  Fiscalia  sobre  altos  cargos  da  Conselharia  de  Politica  Social  pela  situação  vigorante  nas  residências  galegas  (note-se  a  generalidade  do  caso),  assinadas  pela  'Federación  Galega  de  Asociacions  de  Usuarias  e  Familiares  de  Usuarias  de  Residencias  e  da  Dependencia'.  Em  primeiro  lugar  figura  'Ildefonso  de  la  Campa  Montenegro'  junto  do  'Subdirector  Xeral  de  Autorización  e  Inspección  de  Servizos  Sociais',  D.  Fernando  González  Abeijón;  a  seguir  a  'Jefa  do  Servizo  de  Inspección  de  Maiores  e  Discapacitados',  Dna.  Berta  Besada,  e  todas  as  pessoas  que  ostentaram  postos  de  responsabilidade  no  último  ano  e  meio.  Citam-se  delitos  recolhidos  nos  artigos  195°,  196°,  229°  ou  404°  do  Código  Penal;  fala-se  de  denegação  de  auxílio,   abandono,  omissão  do  dever  de  socorro,  com  resultado  de  mortes  e  lesões,  tudo  realizado  de  forma  dolosa  e  prevaricação.  Pede-se,  enfim,  uma  investigação,  as  cópias  de  todas  as  queixas  recebidas  no  último  ano  e  meio  e  um  registo  das  atividades  concludentes  nas  residências.  Responsabiliza-se  à  'Conselharia  de  Política  Social'  por  falha  na  previsão  e  não  aplicar  medidas  atempadas  de  proteção  e  higiene.  Mais  de  um  milhar  de  contagiados  nessas  residências  e  150  casos  confirmados  de  morte.  É  a  atitude  preconceituosa  e  discriminatória  chamada IDADISMO-AGEISM.      

(Continuará) 

Artigo precedente. 

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