31 de mar. de 2019

A GUARDA

PATRIMÓNIO

Esclarecimentos geométricos em Santa Cruz 

Esboço antigo da distribuição das diferentes dependências da Fortaleza de Santa Cruz (A Guarda)


EN MAREA- A GUARDA  
 Aquilo que explica esse enformado trapezoidal em planta tem a sua origem no próprio recinto interno, bem como nas  longas cortinas não paralelas. Disposição linear da Porta da  Vila também dá-nos dicas sobre esta planimetria.    

 Podemos esboçar até 3 polígonos trapezoidais:          

1.- Polígono Externo Trapezoidal entre cunhais dos bastiões  de 815 metros perímetrais e lados todos desiguais, assim distribuidos: 270 metros do lado Noroeste; 172 metros do lado Suroeste; 228 metros do lado Sureste e 134 metros do lado Nordeste. Superfície planimétrica de 37.265 m2.             

 2.- Polígono Trapezoidal entre golas de 472 metros perimetrais.  Ligam-se as irregulares golas à altura das bissetrizes incongruentes. Esse plano dá uma superfície de 10.800 m2.                  

 3.-  Polígono Trapezoidal Interno de 375 metros perimetrais e 7.520 m2. Tracejado cingido às contramuralhas.   


 Apartir daí uma miríada de medidas podem implementar-se: angulações, bissetrizes, subpolígonos nos baluartes, obtusângulos, excentricidades do Plano, etc.. Não cabe pensar em etéreas formas romboides pelo facto de Santa Cruz possuir um enviesamento que impede o desenvolvimento correto da realidade própria quer do rombo, quer do romboide. Em Santa Cruz todos os lados e todos os ângulos são desiguais. Cruzamento de diagonais exprime duas medidas, 252 metros entre as arestas de Cruz  e Santa Tegra e 330 metros entre a Guía e San Sebastián que, da sua vez, justificam uma excentricidade decorrente do trapezoide geral, tendo em conta, aliás, o cumprimento  dessas longas cortinas e as dúvidas que coloca a irregularidade dos baluartes quanto a autoria real dos irmãos Grunenberg. Sim, cabe essa hipótese.    

 Por outra banda, se faz premente fazer uma citação do baluarte de Santa María de Oia, que ocupa a mesma posição extrema ocidental no Sul da Galiza. Já no século XVI era um baluarte simbólico e material bem munido de pólvora e de bocas de fogo. Oia teve “casus belli” bem provados e tinha todo a ver com a poliorcética implementada na costa entre  Baiona e A Guarda. 

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