10 de maio de 2018

VALENÇA DO MINHO

PATRIMÓNIO

Candidatura de Valença do Minho a Património da Unesco

(6ª Parte)


 Sébastien Le Prestre de Vauban

 ENCONTROS   POLIORCÉTICOS / Valença do Minho 

 A cronologia oficial desta candidatura tem o seguinte roteiro, fora de conversas e iniciativas paralelas ao programa: Já desde 2008 que a elevação dos 12 Sites Majeurs Vauban a Património poderia eventualmente dar fôlego a obras da mesma natureza noutros âmbitos geográficos. O caso de Portugal é paradigmático, visto que técnicos franceses arrivaram em tempos a um cenário bélico marcado pela contenda entre  Espanha e os seus inimigos (Guerra dos Trinta Anos). A pegada vaubaniana em território luso expressava-se ativa e passivamente em realizações  construtivas desse molde. Assim sendo, a prestigiada “Association Vauban” acabou por entrar em cena, propondo aquilo que, na sua lógica, entrava dentro dum previsível élargissement” dos Sítios Maiores já citados. Este convite teve na altura várias leituras e algúm rejeitamento (por exemplo na própria Comissão Naciona  da Unesco, dependente do Ministério de Negócios Estrangeiros português); mas as inércias ultrapassaram-se. O projeto tinha pernas para andar e poucas pessoas sabiam, com verdade,  dos passos dados para a vitória. Tal foi a propedêutica desse processo.  

 A seguir, terraplanado o caminho, um primeiro de Outubro de 2011 o presidente da Câmara de Valença entrega em Lisboa a proposta da Candidatura ao Secretário da Cultura, Francisco José Viegas, ao presidente da Comissão Nacional da Unesco e ao IGESPAR. Até o momento, tinham-se investido em reabilitações na praça 6 milhões de euros (mais 2 milhões no tramo final). 

 O dia 20 de Janeiro de 2016, tendo ganho novos impulsos, a Câmara de Valença apresenta a Candidatura das “Fortalezas Abaluartadas da Raia” à Comissão Nacional da Unesco conjuntamente com Marvão e Elvas. É de carácter seriado e colmata-se junto da já contemplada de Almeida. Os municipios proponentes, quatro, vão desenvolver um dossier” conjunto com o aporte científico de várias entidades. 

 No dia 24 de Maio de 2016, esta candidatura já está inscrita na Lista Indicativa de Portugal na Unesco. Há, enfim, um rumo aberto à Classificação como Património Mundial. A finais de Setembro desse ano, os vaubanianos visitam Valença e calcorream o enclave, passando a pente fino a envolvente da praça militar. Tem sido exponencial apartir daí a prevalência dos valores defendidos pela Association Vauban” (arquitetura, castellologia, poliorcética, tratadismo).

 A 28 de Agosto de 2017, o Presidente da República Portuguesa apadrinha em Almeida todo este processo, sendo que no 11 de Setembro iría receber em Lisboa aos quatro presidentes de câmara envolvidos. Estamos à espera dum desfecho próximo.

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