PATRIMONIO
Forte de S. Joám da Foz do Douro
Forte de S. Joám da Foz do Douro
José Buiza Badás
Este IIP, por Decreto de 6 de Outubro de 1967, conjuga umha miscelánea construtiva que abrangen aquela embocadura do Douro umha capela-farol chamada de S. Miguel do Anjo, a Igreja seiscentista de S. Joám da Foz e a quinhentista e interiorizada igreja do Castelo, do mesmo orago. A conjunçom de aparências civis e militares por força e mérito, alinha um evoluir de estruturas abaluartadas em adequaçom às pre-existências. Estas chaves mestras do urbanismo barroco acabam por afigurar conjuntos mistos de dominio linear castrense.
Com fases construtivas de entre 1570, 1646 e 1653 o forte reúne umhas mediçons de 90 m. entre os bastions NOE e SE e 98 m. entre bastions SOE e NE., sendo que as cortinas já enformam umha planta rectangular com a equaçom de 16/16 metros e 38/38 metros. Esta planimetría vê-se reforçada por um barbacám exterior de 18 lados, perfeitamente irregular que chama a atençom polo número de faxinols e troneiras em capialço. Este contém interrupçons murárias na sua projeçom terrena e nom há descuramento portanto dumha defesa constituida de facto por estranhos arrevelinamentos: 1 na porta expresso; um outro revelím deslocado do lado Oeste e mais outro insinuado ao Sul; nom faltando dentes de serra nesse concreto lado.
Na realidade o recinto perimetral interno reúne 3 bastions e 1 semibaluarte a agocharem unidades habitacionais a 4 vertentes que lembram as cubriçons tavirenses. O pátio interior, ao que se acede desde um corredor arcado, semelha um longo espaço focalizado na realidade para umha cúpula impresionante de forma hexagonal. Lá se manifestam em eventos noturnos os espessores dos muros, o classicismo dos elementos quinhentistastais como esses modillons sob as cornijas da cúpula, as duas pilastras com caneluras, esse arco fibrado, os aparelhos todos e o valor dos espaços focalizados entre vazios de pretensa ruína.
As alvenarias presentes som multifacetadas: tijolos em troneiras, alternancias de pedra miúda, média e graúda, cantos regularizados, cunhais cuja arista aparece galbada, etc.. Umha obra compacta, sólida, com cordóm a toda a volta e somente 2 guaritas (umha delas só com lámpada e corpo; a outra recuada dos parapeitos).
No arco de entrada, neoclássico e com data de 1796 que fica protelado mercê dos adintelamentos manifestados empadieiras e duplas pilastras, desequipadas no aspecto externo e até estético, graças às peças de silharia, adverte-se um dominio do recto sobre o curvo e um frontón baixo que poderia consumar ainda mais os sobressaltos lineares gerais e a inegável força do classicismo.
No início do século XIX alterou-se a envolvente tanto que o forte ficou mais longe da barra. Hoje é local de culto onde conferirmos a força das marés a galgarem tudo quanto é sítio e onde o verbo “passear” atinge a sua máxima expressom domingos e feriados entre os tripeiros. Esta súmula de arquiteturas religiosas e militares fai um resumo contundente da história da cidade invicta, constituindo um manual perfeito para todo tipo de públicos.
RPI
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