14 de xan. de 2016

CAMINHA

CINEMA

Boletim da Sessão nº 228 - "Os Grandes Aldrabões" de Leo McCarey (1933) 

ATENÇÃO: Por engano da Locus Cinemae, Associção de Cinema de Caminha, as datas que constam no Boletim Municipal de Caminha para fevereiro não são as correctas: as sessões são sempre à sexta-feira e não à quinta-feira, como consta no Boletim. Pedimos desculpa pelo engano.


"Os Grandes Aldrabões" de Leo McCarey (1933) 
15 Janeiro 
21H45

Auditório do Museo Municipal de Caminha



Locus Cinemae / Caminha

(…) De «Duck Soup» e de todas as obras dos irmãos Marx, é indissociável o estilo inconfundível de Groucho, tão célebre pelas suas grandes "tiradas" humorísticas, que reuniu tanto em muitos livros que escreveu ao longo da sua carreira, como nas suas presenças nos inúmeros filmes protagonizados pelo grupo (com as suas imparáveis - e impagáveis - "punchlines" que profere ao longo desta comédia, com a sua escalada pateticamente engraçada para o topo do poder de Freedonia, uma cidade fictícia da qual a sua personagem torna-se no seu líder, ou por outras palavras, no seu ditador). Groucho é a figura mais icónica dos Marx, mas não é só dele (que eu adoro) que se faz a comicidade e a invulgaridade deste grupo. E ainda bem: cada um dos quatro tem as suas engraçadas caracterísitcas, que no final, formam um conjunto muito improvável, mas impossível que não conseguisse bater certo. E a grande lição que «Duck Soup» acaba por ensinar aos espectadores, tal como em todas as outras variadas incursões dos irmãos Marx no mundo do Cinema, é que tudo o que nos rodeia é risível. Podemos, aliás, devemos soltar gargalhadas das coisas aparentemente sérias, porque afinal, e independentemente das nossas opiniões e crenças, tudo pode ser alvo de piadas e ser apelativo para a inspiração cómica de certas mentes brilhantes e inteligentes, como eles, que souberam explorar isso como ninguém, antes ou depois, soube voltar a fazer. E apesar de poder apelar a um estilo de humor que, hoje em dia, muitas pessoas querem distanciar-se, por se tratar de um filme a "preto e branco" (não percebo a alergia de muitos à ausência de cor nos filmes, muito sinceramente) ou por ser já muito velhinho - e, segundo este raciocínio extremamente lógico, datado (mas a "data" só se revela pelo facto de ter sido feita numa época muito distante da nossa) -, «Duck Soup» é um daqueles filmes intemporais e geniais que continuarão a cativar as pessoas que o descobrirem e que ficarem, tal como eu, radiantes com o seu visionamento. Se hoje ainda se continuam a ler e a comprovar a genialidade de obras literárias com vários séculos de existência, o Cinema não é exceção. E mesmo com a comédia, podemos perceber como era uma época e os gostos da mesma, como também a forma como as gerações têm características que se repetem: muitas piadas de «Duck Soup» são ainda o que muita gente gosta de ver para se rir à grande e à francesa, sem qualquer tipo de moderação...
Trailer de "Os Grandes Aldrabões" de Leo McCarey

Programação: 

JANEIRO 2016 
Ciclo COMÉDIA    

15 de janeiro, “Os Grandes Aldrabões”, Leo McCarey, 1933, EUA, Sessão 228 (M/12) 

22 de janeiro, “Sua Excelência”, Miguel M. Delgado, 1967, México, Sessão 229 (M/12) 

29 de janeiro, “O Grande Lebowski”, Joel Coen e Ethan Coen, 1998, EUA, Sessão 230 (M/12)    

FEVEREIRO 2016 
Ciclo CINEMA FRANCÊS   

05 de fevereiro,  “O Atalante”, Jean Vigo, 1934, França, Sessão 231 (M/12) 

12 de fevereiro, “O Processo de Joana d’Arc”, Robert Bresson, 1962, França, Sessão 232 (M/12) 

19 de fevereiro, “Paris já está a arder?, René Clément, 1966, França, Sessão 233 (M/12) 

26 de fevereiro, “Made in USA”, Jean-Luc Godard, 1966, França, Sessão 234 (M/12)

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