Arte na Leira 2014 foi a mais visitada de sempre
Casa do Marco de portas abertas até ao próximo domingo, dia 24 de agosto
A 16ª edição da Arte na Leira bateu este ano todos os recordes em termos de número de visitantes. Segundo o seu promotor, o pintor Mário Rocha, a Casa do Marco recebeu uma média entre 150 a 180 visitantes diários. É pois com satisfação que se encaram os últimos dias do certame, que termina no próximo domingo. Assim, a partir de hoje, há apenas mais dois dias para subir até Arga de Baixo e apreciar as inúmeras propostas artísticas que o pintor reuniu nos vários espaços desta casa que, sendo sua, tem ainda as portas abertas a todos.
À entrada, um painel de esculturas interpreta uma realidade com a qual o nosso país se tem vindo a confrontar e a que a sensibilidade do artista não ficou indiferente. São cerca de três metros quadrados de fundo, sobre o qual emergem centenas de pequenas esculturas, todas iguais, mostrando alguém que transporta às costas uma mochila. Para Mário Rocha, esta é uma forma de chamar a atenção para os jovens que abandonam o nosso país todos os dias, em busca de mais oportunidades.
Depois, pelo recinto, há toda uma multiplicidade de obras, da autoria de quatro dezenas de artistas, portugueses e estrangeiros, que participam nesta 16ª edição com obras nas áreas de pintura, escultura, fotografia, tapeçaria, cerâmica e instalações, entre outras.
Este ano, a música também entrou no certame, não apenas pelas vozes e instrumentos dos vários artistas que passaram pela Arte na Leira, como a fadista Maria Cunha ou o músico Gil do Carmo. Desta vez, uma canção, de um amigo de Mário Rocha (Pedro Abrunhosa) inspirou um painel de azulejos. E se no painel, à entrada, se falava, de alguma forma, de saída, aqui remete-se para o regresso e para o aconchego, porque, na música que serviu para de mote ao painel, Abrunhosa afirma querer voltar "Para os braços da minha mãe".
Estas e muitas outras obras estão ainda em exposição, até domingo. Pela Casa do Marco passaram este ano milhares de pessoas. Muitos são portugueses, de praticamente todos os pontos do país, mas houve também muitos espanhóis, holandeses, ingleses e franceses, entre outros, a provar que a Arte na Leira é já um certame consolidado a nível nacional e internacional, que este ano também registou uma atenção ainda mais forte por parte dos media.
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