TAPETES DE BEIRIZ ESTREIAM MARCAS POVEIRAS
Infogauda / Póvoa de Varzim
Até 31 de março estará patente, no Posto de Turismo, uma Exposição de Tapetes de Beiriz, inaugurada na passada sexta-feira, dia 8.
A iniciativa decorre no âmbito do projeto “Marcas Poveiras”, através do qual se pretende dar destaque a profissionais e profissões de excelência na área do Turismo.
Estiveram presentes na sessão inaugural. Lucinda Delgado, Vereadora do Pelouro do Desenvolvimento Local, Cátia Ferro e Alice Oliveira, proprietária e funcionária da Fábrica de Tapetes de Beiriz, respetivamente.
Lucinda Delgado revelou que, com este novo projeto pretende-se dar realce às marcas poveiras, de grande valor. A autarca considera que “devemos preservar e enaltecer todo o trabalho que tem sido feito pelos diferentes funcionários e pelos empreendedores que apostaram”.
Numa altura como esta, em que só temos por base fazerem análises críticas, está na altura de pegarmos naquilo que temos de bom e dar a conhecer e, para quem já conhece, fazer aqui um reviver, constatou.
A Vereadora do Pelouro do Desenvolvimento Local afirmou que, “quando falamos em Beiriz, a imagem que vem são os tapetes e esses tapetes são internacionalmente conhecidos, são muito bonitos e é isso que nós queremos, dar a conhecer e marcar bem o apoio que a Câmara dá a todas as marcas poveiras”.
Lucinda Delgado adiantou que “atrás desta marca virão outras”, no entanto, não quis revelar quais serão.
Cátia Ferro manifestou que era um orgulho serem os primeiros a estrear a mostra de marcas poveiras, admitindo que é sempre de valorizar uma autarquia reconhecer e apreciar as marcas que tem e que são de renome, portanto, fazem-nos lembrar a cidade de onde vêm.
A empresária, que emprega, atualmente, 30 pessoas, revelou que é impossível não falar em tradição quando se fala na Fábrica de Tapetes de Beiriz, mas “manter a tradição é difícil e exige muito trabalho porque a tradição também pode ser uma ilusão de permanência”, constatou.
Em relação ao ambiente que se vive na empresa, Cátia Ferro afirmou que “há alegria, que se traduz no que fazemos. Toda a gente lá gosta do que faz”.
Quanto às vendas, informou que “trabalhamos, essencialmente, para o mercado nacional e, portanto, trabalhamos com nichos de mercado e é um negócio confortável, nesse aspeto. Temos os nossos clientes, que são específicos, não muitos mas são suficientes. Grandes internacionalizações não, até porque este tipo de tapetes demora muito tempo a produzir, é outro tipo de lógica de negócio. No entanto, é uma marca muito acarinhada, que as pessoas reconhecem lá fora também, e isso é um orgulho.
Quanto à crise económica que afeta a generalidade dos empresários, Cátia Ferro afirmou que “as pessoas estão assustadas e, obviamente, não vão gastar, necessariamente, dinheiro em tapetes quando estão assustadas”.
Alice Oliveira contou que desde os 12 anos, altura em que terminou a escola, trabalha no fabrico de Tapetes de Beiriz, seguindo as pegadas da sua mãe. Na atual Fábrica de Tapetes de Beiriz, fundada em 1989, encetou desde a abertura porHeideMarie Hanneman, mãe de Cátia Ferro, explicou que, dependendo da dificuldade do desenho, a produção de um tapete de Beiriz, num dia, é de 10 a 15 cm ou 30 a 40 cm. Para além de partilhar alguns dos conhecimentos que esta arte implica, Alice Oliveira destacou o ambiente familiar que se vive na empresa e as boas condições de trabalho que motivam o seu desempenho.
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