25 de out. de 2025

CAMINHA

“Piroga Monóxila” classificada como Tesouro Nacional em exposição no Museu Municipal de Caminha

 Integrada na mostra “Da Pré-História à Romanização”, para visitar de segunda a sexta-feira, no horário de funcionamento do Museu


Este tipo de embarcação é conhecido, na Europa, desde a Pré-História, mais precisamente desde o Neolítico

Foto: C.M.C.

Infogauda / Caminha

  Uma “Piroga Monóxila”, datada do período entre a segunda metade do séc. X e a primeira metade do séc. XI, classificada como Tesouro Nacional em 2021, é uma peça de valor incalculável e integra a exposição Da Pré-História à Romanização”, inaugurada esta sexta-feira no Museu Municipal de Caminha. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, no horário de funcionamento do Museu.

  Trazer este exemplar para o concelho de Caminha foi um processo moroso e de minúcia, dadas as exigências técnicas de conservação e manutenção desta embarcação. Para concretizar esta operação, a Câmara estabeleceu um contrato com o Património Cultural, Instituto Público.

 Como referimos, a Piroga em causa foi classificada, conjuntamente com mais cinco pirogas, como de interesse nacional, com a designação de “Tesouro Nacional”. Entre os requisitos exigidos para poder ser exposta, estão, por exemplo, os relativos às caraterísticas da sala de exposição, incluindo medidas de segurança. Acrescem condições ambientais, de humidade relativa, temperatura e iluminação, assim como a ausência de vibração e de poluentes atmosféricos.

 De acordo com a descrição do Museu Nacional de Arqueologia, as pirogas monóxilas são embarcações feitas a partir de um tronco de árvore, escavado para o efeito. Este tipo de embarcação é conhecido, na Europa, desde a Pré-História, mais precisamente desde o Neolítico.

 A “Piroga Monóxila”, que agora pode ser vista no Museu Municipal de Caminha, foi classificada pelo DL n.º 11/21 do Diário da República n.º 109/2021, Série I de 2021-06-07 como Tesouro Nacional.

 Como já explicamos na altura da receção da “Piroga Monóxila” em Caminha, este foi o aguardado regresso do exemplar, na sequência de várias peripécias e de um longo processo.

 Este Tesouro Nacional chegou a estar guardado num armazém e foi o interesse e esforço de Raúl de Sousa, à época funcionário da Câmara Municipal de Caminha e membro do grupo organizador do Museu Municipal de Caminha, que encetou importantes diligências, chegando a adquiri-la e a providenciar a sua transferência para o local do futuro Museu Municipal de Caminha.

 Devido às deficientes condições preventivas do depósito, a piroga foi transferida, inicialmente para o Museu Monográfico de Conímbriga e depois para as instalações do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, em Lisboa. Aqui iniciou o processo de consolidação com vista à secagem e estabilização em ambiente seco. O Município de Caminha acabou por lhe perder o rasto. Entretanto aconteceu a classificação como "Tesouro Nacional" e a Câmara Municipal de Caminha desenvolveu vários esforços para que a peça pudesse regressar ao concelho, o que se concretizou através do contrato com o Património Cultural, Instituto Público.

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