31 de xan. de 2025

VILA NOVA DE CERVEIRA

D. João Lavrador partilha preocupações globais e riquezas de Cerveira em visita à Câmara Municipal  


O bispo da diocese de Viana do Castelo, D. João Lavrador, foi recebido, esta sexta-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelo Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, pelas vereadoras Carla Segadães e Sónia Guerreiro

Foto: C.M.V. de C.

Irene Pinheiro / Vila Nova de Cerveira 

 Integrada nas visitas pastorais às Paróquias do Arciprestado de Vila Nova de Cerveira, o bispo da diocese de Viana do Castelo, D. João Lavrador, foi recebido, esta sexta-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelo Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, pelas vereadoras Carla Segadães e Sónia Guerreiro, com o intuito de conhecer a dinâmica da organização, à semelhança do que tem feito noutras instituições concelhias.     

 O autarca cerveirense agradeceu a presença do bispo D. João Lavrador à casa da democracia de Vila Nova de Cerveira, e elogiou o trabalho que tem desempenhado na diocese, com especial enfoque na juventude. “Coincidência ou não, neste dia 31 de janeiro, a Igreja celebra o dia de São João Bosco, conhecido como o ‘santo dos jovens’ e foi um dos Patronos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023. Os jovens são o futuro e, perante as dificuldades que vivemos, conseguir passar uma mensagem diferente e influente, transmitida pelo Sr. Bispo pode ser recebida de outra forma”, disse Rui Teixeira, acrescentando que em “a congregação entre a política e a igreja é importante para o equilíbrio positivo que se vive em Vila Nova de Cerveira”.     

 D. João Lavrador começou por reconhecer e celebrar o trabalho desempenhado pelas autarquias, realçando “a grande conquista alicerçada no entendimento de comungar espaços para encontrar o bem para as pessoas. É de louvar e dar o estímulo ao que se faz, em muitas vezes, em situações difíceis”. Perante a presença de vários colaboradores municipais, D. João Lavrador partilhou ainda algumas das suas preocupações, nomeadamente a valorização do ser humano em todas as suas dimensões, pois “todos somos necessários para ajudar a evolução e para que a resposta seja plena”; o problema cíclico do desemprego, “em que em 25 anos deste século, já vivemos quatro ou cinco ciclos críticos desta ordem, denotando-se que os intervalos entre as crises são cada vez mais curtos, afetando a dignidade das pessoas”; e a questão da imigração, deixando o apelo para a necessidade de “criar as condições de acolhimento, para que as pessoas se sintam integradas. A circulação é moldada pelos contextos, uma realidade que este concelho também vive, com mais incidência a nível industrial, mas também em Covas, uma freguesia mais distante da sede do concelho e que tem cerca de 80 pessoas imigrantes”.     

 Como mensagem final, enalteceu a riqueza do concelho de Vila Nova de Cerveira, “as muitas riquezas que tendes muitas, mas Cerveira é um território marcado pela realidade da cultura, a vários níveis, que quer viver, celebrar e partilhar. Uma vertente cultural única, oque se torna um bem, mas também é uma responsabilidade”. Num momento em que, sublinhou, haver uma tendência para o individualismo, “quando somos essencialmente comunitários, a cultura é importante quando expressada na relação, não numa forma individual. Valorizar os dons de cada um e partilha de uns com os outros, é assim que nos enriquecemos. Nós somos fazedores de cultura”.    

 O périplo do bispo D. João Lavrador pelos templos e instituições do concelho de Vila Nova de Cerveira culmina, no domingo, com uma eucaristia de encerramento na Igreja Matriz.   

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