PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(186ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
Direção Geral do Património Cultural galega (DXPC) deve estar a par e passo das pesquisas arqueológicas efetuadas no Mosteiro de Oia e envolvente. Caso contrário, será oportuno recomendar uma paragem em todo o tipo de obras que lá se acometam. Definir uma recentralização de Oia através do novo 'Parque Central' em redor do ribeiro Lavandeira, muito a custo e provavelmente de súpeto, poderá querer esconder outras soluções mais condizentes com o passado aluvial da envolvente monástica oiense. Ribeiro Lavandeira não passa por onde passa pelo acaso, pela casualidade. Primeiramente há um erguido, um nivelamento geral que tem sido propositado naquela panda do mosteiro e, aliás, em toda a área: razões aluviais, defensivas ? Sabe-se lá, o assunto tem que ser apurado com isenção, longe de propósitos espúrios de um grupo privado. Porque o pano de fundo poderá ser isto mesmo. Constantemente encontram-se novos achados pelo mundo fora e o mosteiro de Oia não será uma "rareza" porque o diga um grupo do âmbito privado com interesses ligados à urbanização, à uma mera RENOVAÇÃO URBANA E COMENSALISTA.
Esta ideia vem abonada 'por motivos que radicam na sustentabilidade do lugar cisterciense (nomeadamente devido a causas hidrológicas) estas transferências foram mais habituais e necessárias em mosteiros resultantes da afiliação de antigas comunidades eremíticas à Ordem (abadias adoptadas) do que em fundações ex-novo (caso de Oia)'. Uma outra consideração a ressalvar, precisamente agora, será o facto de protelar a PEÇA ARQUEOLÓGICA em benefício de outras "urgências" mais em voga: assim sendo, no mosteiro de Oseira, por exemplo, tem-se feito o inacreditável qual é destinar para museu arqueológico (antigo locutório aderido ao escritório dos monges) um espaço de agregação seriada de algumas peças em granito perfuradas, que utilizaram os monges hacia 1620, na altura em que conseguiram levar a água até a cozinha através dos canais abertos no muro (Es ésta la arqueología que falta en Oia!).
'A arquitetura é atmosfera, presença, história e beleza. O património cultural é também direito do povo e parte básica da sua identidade. A arquitetura é maravilhosa, mas só tem sentido aquando se a permite ser aquilo para o qual foi desenhada' . Irina Bokova (UNESCO, s CEO). (Asombro e incredulidad, leyenda urbana en un medio aún rural, profundas reservas hacia esta profesional de la política). Irina Bokova afirmava no ano de 2013 que 'A proteção do património cultural é inseparável da proteção do povo porque dá valor e identidade ao povo mesmo' (Tal baladronada es dicha con absoluto impudor). A seguir posiciona-se 'Rodríguez+Pintos' desta maneira: 'Nós concordamos com isso, daí a proteção do património cultural não deve consistir em convertê-lo em mera peça arqueológica. A arquitetura convertida em arqueologia deixa de ser real, elimina a sua atmosfera, converte-se em algo mais, agrega decisões que nos distanciam da história mesma dos Monumentos. (!?!?). Presença física - o objecto - é uma peça essencial, mas parte de algo maior: o local, a arquitetura e a sua identidade. Este projeto garante o máximo respeito pelo mosteiro, sem esquecer a sua envolvente e o resto de coisas que uma adequada Arquitetura tem. (Borrachera y leyes sectoriales a la carta).
(Continuará)
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