31 de xan. de 2022

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia  

(180ª parte) 




ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
   
 É  o  caso  de  Oia  uma  manobra  Turística,  Mercantil  ou  Patrimonial?  Por  vez  primeira  anda  tudo  a  mistura.  A  reboque  de  uma  urbanização  anda  todo  o  resto:  tal  é  o  silogismo.  NÃO HAVERÁ  REABILITAÇÃO  SE  NÃO  HOUVER  OBRA  NOVA.  Vincula-se  reabilitação  a  novo  empreendimento;  à  revelia  de  tudo,  costura-se  um  oportuno  prémio  'AHI'  que  diz  ter  o  'remédio  santo'  para  uma  vila  que  perdeu  as  referências  todas  acerca  do  que  é  uma  verdadeira  preservação  patrimonial.  Na  Quarta  Edição  destes  jovens  galardões,  no  ano  de  2017,  'Rodríguez+Pintos'  e  o  seu  gabinete  assenta  uma  conceição  nova  demais,  apressada  demais,  que  dá  via  livre  à  arquitetura  desimpedida.  Lembremos  que  estes  prémios  são  novos  no  tempo,  fazendo  falta  o  estabelecimento  de  um  adequado  contraditório.  E  este  não  ficará  vinculado  ao  que  diga  o  deixe  de  dizer  quer  a  Xunta,  quer  a  proprietária.  À  partida,  o  processo  de  informação  abrange  um  universo  muito  maior  que  'a  aprovação  para  acesso  público'  ou  a  'recepção  de  informes  do  setor'.  O  miolo  da  questão  seria  questionar  desde  uma  perspetiva  patrimonialista  e  isenta,  postulante  da  REABILITAÇÃO  SEM  OBRA  NOVA,  todo  este  processo.  'RMO'  confia  nas  enganosas  leis  setoriais  (DOT  ou  POL)  para  filtrar  o  seu  projeto  urbano  e  especulativo;  isto  será  normalérrimo  para  a  privada,  mas  ocioso  e  desnecessário  para  a  vila  de  Oia.  Nesta  linha  de  atuação  estão  o  dito  'FERMOSISMO'  ou  o  'TERMALISMO':  Um  cúmulo  de  disparates  em  redor  das  figuras  de  Feijóo  e  Baltar,  'bandeirantes'  por  acaso  de  um  sistema  global  imerso  na  constante  autoritária.  Muito  medíocre  tudo.    

 Vamos  falar  de  outras  coisas.  O  Livro  de  Estilo  do  jornal  português  'PÚBLICO'  no  seu  apartado  de  'Ética  e  Deontologia'  e  no  ponto  n°  6  diz  estas  coisas:  'Onde  termina  a  notícia  pura  e  começa  a  publicidade  encapotada?  Fontes  inquinadas,  estratégias  próprias  de  (des) informação,  gabinetes  de  propaganda  e  imagem  são,  entre  outros,  veículos  da  manipulação  jornalística  cada  vez  mais  sofisticados  nos  tempos  atuais.  Governos,  empresas,  sindicatos  e  militares;  interesses  políticos,  comerciais,  religiosos,  artísticos,  desportivos  ou  meramente  'corporativos';  "lobbies"  de  toda  a  ordem  e  causas  de  todo  o  género  socorrem-se  hoje  das  técnicas  mais  elaboradas  (e  de  quem  melhor  as  domina,  alguns  deles  experientes  profissionais  do  ramo)  para  fazer  passar  a  mensagem  mais  conveniente'.  Quê  quer  dizer  isto?  Que  a  ocasião  justifica  plenamente  um  crivo  mais  apertado  no  indispensável  cruzamento  de  fontes  no  'affaire  oiense'  ou  melhor  dizendo,  que  FAZ  FALTA  URGENTEMENTE  UM  CONTRADITÓRIO,  DO  QUAL  FOGE  TODO  O  ENTRAMADO  PERTENCENTE  AO  SISTEMA  UNIDIRECIONAL  CHAMADO  'KALEIDOS',  'RMO', 'VASCO-GALLEGA  DE  CONSIGNACIONES'  OU  OS  "PREMIADOS  DE  2017".  E  por qué?  Porque  tem  todo  o  apoio  da  Xunta  da  Galiza.  "Prémios"  como  'presente  envenenado',  "prémios"  como  verdadeiro  'caldo  entornado'  que  nega  o  essencial  para  o  povo  de  Oia,  ou  uma  parte  deste.  Nesta  tramoia  anda  envolvida  toda  a  imprensa  da  cidade  olívica.  Para  além  disso,  as  afirmações  de  Irina  Bokova  são  exagero  propositado  de  uma  profissional  da  política  que  nada  sabe  do  Císter,  uma  recém  arrivada  que  pouco  o  nada  sabe  do  assunto.  É  fácil  falar  gratuitamente  de  mil  coisas,  mas  difícil  concretizar  um  só  destes  assuntos.  UNESCO,  a  própria  ICOMOS,  defronta-se  com  inimigos  internos  nestas  figuras  visíveis  da  alta  política.  É  tudo  aparência. 




   
 Mas,  dando  um  desconto  quiças  oportuno,  vamos  salientar  um  comunicado  feito,  aliás,  em  mau  inglês  das  pretensões  desta  'RMO'  para  Oia.  Onde  é  que  deixaram  as  línguas  minorizadas  como  a  galega  que  não  aparece  em  lado  nenhum?  Vamos  pois  referir  o  seguinte: ('Desarrollo  del  Instrumento  de  Planeamiento':  'Dentro  de  un  contexto  ordenado  y  garantizado,  el  instrumento  marca  un  objetivo  constante  para  un  acercamiento  claro  y  transparente  al  tema  -  aquí  comienza  el  enredo... (!?) -.  Se  trata  de  dos  "simples"  modificaciones  del  planeamiento  actual  cuyo  alcance  no  supone  alteración  alguna  del  modelo  territorial  presenta  criterios  nuevos  para  la  estructura  general  de  la  calificación  de  usos  de  la  municipalidad,  afectando  sólo  al  entorno  cercano  del  Monasterio  de  Oia  (Llámanle  nuevo  'Parque  Central',  reubicando  toda  a  vila  de  Oia!...  sepan  que  esto  no  es  admisible,  viola  todo  lo  que  tiene un  espacio  monacal,  y  pone  en  entredicho  la  legislación  autonómica,  que  no  puede  contradecir  la  nacional)  y  siguen  con  su  esquema:  Se  ha  implementado  un  ajuste  de  los  planes  subsidiarios  actuales,  permitiendo  una  variación  del  tipo  de  edificio  y  aumentando  la  densidad  de  éstos  desde  0,175  m2/   a  0,384  m2,  valores  mucho  más  bajos  que  los  utilizados  actualmente  en  un  area  de  planeamiento  similar,  más  cercanos  a  los  valores  "de  las  zonas  residenciales".  (De  qué  están  hablando…!?,  de  futuras  zonas  a  urbanizar?)  Em  Oia  só  houve  erros  a  nível  pouco  comprometido  urbanísticamente,  safando-se  em  geral  o  importante.  Não  façam  disso  pretexto  para  coisas  mais  imprevistas  ou  para  aventuras  como  as  de  'RMO',  ligadas  a  IMPROVISAÇÃO  PATRIMONIAL  e  ao  USO  DESPUDORADO  DA  SIGNIFICÂNCIA  PATRIMONIAL.  

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