30 de abr. de 2019

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia
(23ª parte)
 

ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia 

 Problema do Mosteiro de Oia tem duas vertentes bem significativas: primeiramente, uma proprietária faz questão de impor um projeto urbanístico por acima de uma preexistência monacal (ou colada à estrutura monacal), vulnerando quaisquer normativas nacionais e internacionais em matéria de áreas de Proteção e Amortecimento e, decorrente disso, causar um dano paisagista clamoroso, quer na micropaisagem local (adensamento construtivo), quer desde focalizações ”à cavaleira”. Nambos os casos o resultado será chapado ao registado em tantos pontos das Rias Baixas.     

 É chegada a hora de falarmos do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), como organização não governamental filiada à UNESCO, reunindo a pessoas e instituições dedicadas à conservação dos monumentos, conjuntos e sítios históricos, supondo uma plataforma de amplo prestígio e difusão pelo facto de reunir profissionais da conservação e restauração de todo o mundo. ICOMOS fundou-se em 1964 em Veneza no decorrer do II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos dos Monumentos Históricos, que elaborou a prestigiada Carta de Veneza (1964), principal instrumento dotrinário para a conservação e restauração dos monumentos e sítios históricos. Assembleia Constituinte do ICOMOS foi celebrada ao ano seguinte em Varsóvia, onde se adotaram os estatutos gerais  da organização, revalidados posteriormente na V Assembleia Geral celebrada em Moscovo no día 22 de maio de 1978. Está sediado em París e conta com numerosos comités nacionais. O seu nível de exigência determina pessoas e instituições da mais alta qualificação na área da conservação. Mais de cinquenta anos volvidos, ICOMOS congrega mais de dez mil membros distribuidos em 153 países.    

 Estrutura administrativa do ICOMOS compõe-se da Assembleia Geral, Comité Executivo e o Comité Consultivo, Comités nacionais e internacionais, bem como o Secretariado Internacional. Os  objectivos fundamentais que vêm desenvolvendo e cumprindo todos estes anos são os seguintes: 

a) Agrupar especialistas da conservação de todo o mundo, facilitando o diálogo profissional e os intercâmbios. 

b)  Recolher, aprofundar e difundir informações sobre os princípios, técnicas e políticas de conservação, estabelecendo normas, recomendações, cartas, convenções e outros documentos comumente aceites e rigorosos em matéria de Bens Culturais.  

c) Criação de centros de documentação especializados na conservação, decorrente da cooperação internacional. 

d) Impulsar e aplicar as convenções internacionais sobre conservação e valorização do património arquitetónico.

e) Participar em programas de formação para especialistas da conservação a nível internacional. 

f) Pôr a sua rede de profissionais e especialistas altamente qualificados ao serviço da comunidade internacional.       

 Já tem havido contactos com ICOMOS-España para tratar da folha de rota relativamente à situação presente em Oia. Para todos quantos quisserem interpor denúncias dispõem dos seguintes dados:                

ICOMOS-  España
  C/  Alenza,  4- 8° 
28003 - Madrid 
España   

  Ou  bem,  secretaria@icomos.es

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