PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(8ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
Charter on the Built Vernacular Heritage (Carta do Património Vernacular Construido (1999). ICOMOS, encontra na proposta “Oia Arrabalde-Vila Mariñeira” uma provada necessidade de recuperar o tempo perdido estes anos todos, reatando o discurso paisagista e afastando tentações turistificadoras, mercê da implementação de normas internacionais como o Convênio Europeu da Paisagem ou a Declaração de Newcastle sobre Paisagens Culturais.
IV. 2. Refere que mais além da consideração das características individuais de cada construção se “respeite e mantenha a integridade dos conjuntos de edifícios e assentamentos, bem como a sua relação com a paisagem e OUTRAS ESTRUTURAS (atenção Kaleidos...).
II. 2. Interpretativa e metodologicamente, esta Carta centra-se em vincular essa arquitetura vernacular às comunidades que a geram, a mantêm e a dotam de significado. Afirma-se explicitamente que “o sucesso na apreciação e proteção do património vernacular depende do suporte da comunidade, da continuidade do seu uso e da sua manutenção”.
III. 5. Trata-se dum património “vivo” e “ativo” para as comunidades. As manifestações vernaculares não só estão constituidas pelos seus “elementos materiais”, ou seja “edifícios, estruturas e espaços”, mas também pelas “tradições e expressões intangíveis associadas ao mesmo”.
III. 1. A sua preservação aceita uma tripla direção. Primeiramente, conservar-se-ão as estruturas físicas e materiais dos edifícios e conjuntos tradicionais, aceitando a “inevitabilidade das mudanças” pelo facto de ser um património “em uso” que adaptar-se-á aos câmbios e transformações dos tempos.
Esta última seção ativou o debate internacional, dado conter referências duvidosas sobre o modelo ou fórmula a implementar. A defesa que faz “Encontros Poliorcéticos” da HIPERVALORIZAÇÃO DAS PREEXISTÊNCIAS na arquitetura popular choca com presumíveis “restaurações” que foram tudo menos felizes. Já em 2002, davam-se “negas” e desautorizações aos “patos bravos” da construção civil desde plenos camarários portugueses. A dita “adaptação aos tempos” tem de ser NECESSARIAMENTE MONITORIZADA. Obviamente, os emplastros que se planejam para Oia são inassumíveis. Da mesma maneira, há um manifesto interesse por afastar às comunidades locais, receitoras, destas questões. MOVEMENTO OIA-EN MAREA deve concitar a reflexão paisagista entre os oienses, longe de percetíveis manobras de azuis e rosados. Detetamos um apertar de fileiras que lhes delata.
Ningún comentario:
Publicar un comentario