PATRIMÓNIO
Mais uma asneira em S. Lourenço de Goiam
ENCONTROS POLIORCÉTICOS
Não encontraram outro lugar a não ser esse. Dez, quinze metros separam o pó marmóreo dos caminhos cobertos e o revelim Suroeste da fortaleza. Ainda por cima, temos de pedir desculpas por sermos tão picuinhas, tão amigos da exactidão. Podiam ter escolhido um outro local, mas preferiram que a poeira se espalhasse também entre as crianças. Anda todo a mistura. E tudo sabe ao mesmo.
O glacis da fortaleza de São Lourenço teve melhores días. Os 7.000 metros quadrados, arredondados, do Espazo Fortaleza servem para tudo. Agora, que vem aí uma ponte que “banirá com todas as fronteiras”, é que vai ser bonito. Realmente, podiam ter sediado o espaço escultórico noutro sítio, por exemplo naquele estádio mais afastado com os seus quase 800 m2. A vereadoria de Património de Tominho trabalha com “timings” apressados, improvisados, próprios de quem não toma a serio as coisas. A fim de contas, a equipa “patrimonial” tominhense anda mergulhada em aventuras que lhe excedem.
Que saibamos, a Lei de Património Cultural de Galicia (LPCG) pede delimitações espaciais nos âmbitos protegidos, estabelecendo áreas de Proteção e áreas de Amortecimento. O que aconteceu em Tominho foi o contrário, ficou do avesso. É curioso, aliás, o silêncio das pessoas que deviam era abrir um pouco a boca, discrepando de medidas erradas e de factos consumados. Na outra margem, díga-se de pasagem, acontece a mesma coisa. Um Espazo Fortaleza que esventrou o glacis de São Lourenço não merece prémio nenhum (vejam as interioridades da “cova”...). Estamos à frente dum balcão onde só conta a paisagem, não a obra. Para além disso, onde é que ficará este ano o “Minho Reggae Splash”?
Ningún comentario:
Publicar un comentario