15 de out. de 2017

A GUARDA

PATRIMONIO

Destoconagem e trituração de arvoredo: o caso de Santa Cruz     


ENCONTROS  POLIORCÉTICOS

 Ao nosso ver, fez-se uma grande asneira na obra externa em torrão que delimita e bordeia os baluartes de Santa Cruz e  S. Sebastião, bem como o revelim de Cividans. Aquele acometimento tem sido errado, sem previo cálculo de danos e sem serem medidas as consequências que isto trará às futuras consistências terrenas desse enformado militar. Há outras maneiras bem conhecidas de destruição de tocões, não sendo este o caso, como são os fungos de de- composição ou apodrecimento, chamados bióticos, bem como os abióticos ou herbicidas. Utilizam-se meios relativamente baratos para matar a raíz, como são nitratos potássicos diretamente aplicados em buracos propositados na base do tocão; queroseno, sais diversas, queima direta, ou simplemente trituradoras manuais adaptadas ás máquinas de desmatagem. Más cá, em  Santa Cruz, era excusado fazé-lo. Uma pre-existência patrimonial é intocável, mantendo-se os tocões como amálgama inseparável do conjunto e adequadamente condizente com a envolvente quanto a nivelações ou saliências. No nosso caso, houve falhas no procedimento, sem informes de impacte; prevaleceu a tendência a arrancar, a extrair, a danificar sem ser responsabilizado. Não era necessário tão despropositado empreendimento. Afinal, a terra intestinal vê o ceu sem remédio; não cabendo pensar noutra coisa senão na pura burrice... Alguém tem de ser culpado, a começar  pela vereadoría de Património. Por qué  é que arrancam-se  raízes em zona protegida? Por qué não se consideram estas lenhosas como parte indivisível, acrescentada, do enformado militar seiscentista?    

 Faz-se preciso ativar a inspeção, invocando o Título X da Lei de Patrimonio Cultural de Galiza no relativo à actividade inspectora e o regime sancionador, presente no Capítulo I,  nos Artigos 123, 124, 125, 126, 127. Há um cenário provável de Infração Grave, se for aplicado o Artigo 130, letra d. Faltou transparência e continua a dispensar-se ao cidadão trato secundário e marginalizaçáo evidente. Mas isto vai se acabar.

(R.)

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