17 de maio de 2017

PATRIMONIO

Forte Moderno de Medeiros (Ourense), Raia Seca


ENCONTROS   POLIORCETICOS

  Localizado no povoado regiomontano de Medeiros, a umha altitude de 687 m. do lado suroeste, atopamos umhas massas terreiras regulares que tenhem experimentado um deterioramento progressivo ao longo dos anos. A sua visibilidade esta condicionada polo mato e o seu abandono, até o ponto dos medeirenses nom saberem desse forte. Sabem sim do chamado “muro de Medeiros”, da Ermida do Divino Salvador e de castros,..., muitos  castros. 

 Este enclave montederrense, levantado a 7 quilómetros lineares da fronteira, tem umhas coordenadas de  N 41º 53’ 59.4564’’ e  W  7º  33’ 8.8056’’, com umha superficie do seu polígono externo quadrangular de 1.640 m2. Planimetricamente trata-se dum forte estrelado de 4 pontas, condizente no cruzamento de diagonais, sendo que cardinalmente tem: Baluarte Noroeste, Baluarte Este, Baluarte Suroeste e Baluarte Suleste e 4 cortinas a colmatarem um perímetro real aproximado de 190 m. de comprimento. As suas linhas de cruzamento dam 58 metros entre baluartes suroeste e noroeste e 50 metros entre os bastions noroeste e suleste.  As cortinas registam medidas de entre 12 m. (oeste e sul) e 14  m. (este e norte). Da sua vez, o recinto interno tem 80 m. de perímetro.  


 O  acesso se fai por um caminho que bordeia os bastions Noreste e Suleste, permitindo apurar as linhas geométricas num trabalho de campo deveras dificílisimo. Há um volume no recinto interno transversal à cortina Leste. Assim, o eixo entre a cortina norte e a cortina sur tem 24 metros, dando a mesma medida a distância entre as cortinas oeste e leste. Um  fosso rodeia a estrutura e atopamos que localiza-se no extremo norte dum ermo, dum baldio, a 500 metros do povoado e a 70 metros da moradia mais próxima. Sem dúvida, nada ajudam as cores terrenas envolventes, com restos de passados incêndios, toxos e desordem geral; muito embora estas aldeias contenham o melhor repositório de arquitetura popular galego-portuguesa, com inúmeras surpresas a catalogar. 

 O programa LIDAR precisa dumha democratizaçom que leve ao de cima estes postos militares e permita umha participaçom cidadá para além do protagonismo (que nom se discute) dos arqueólogos. Acontece que ainda, infelizmente, os interesses instalados ficam patenteados de cada vez que queremos aproximar à cidadania destas questons. Ser juiz e parte é o pam de cada dia dos ambientes académicos. Já, é escusado falar dos políticos. 

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