OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia 

(146ª parte)

Herança beneditina em San Salvador de Celanova (Ourense)

 ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia

 Como  contraponto  de  uma  versão  única  das  coisas,  vamos  falar  da  Associação  Internacional  de  Comunidades  Laicas  Cistercienses  (AICLC),  cuja  rama  espanhola  tem  uma  representação  presente  em:  

● 'Família  Cisterciense  de  Santa  María',  em  Villamayor  de  los  Montes, BURGOS. São  freiras. 

● 'Fraternidad  Cisterciense  de  Laicos',  no  mosteiro  de  Santa  María  de  la  Oliva,  Carcastillo,  NAVARRA.  Adscrito  à  Ordem  Cisterciense  da  Estrita  Observância   (OCSO). 

● 'Fraternidad  de  Laicos  Cistercienses'  do  mosteiro  de  Nossa  Senhora  da  Paz.  Carril  de  los  Vidales, La  Palma,  Cartagena,  MURCIA.  Adscrição  à  OCSO. 

● 'Fraternidad  de  Laicos  Cistercienses'  do  mosteiro  da  Nossa  Senhora  de  Vico,  Arnedo,  LA  RIOJA.    Condição  feminina  e  adscrição  OCSO. 

● 'Fraternidad  Laica  Cisterciense'  no  mosteiro  de  Santa  María  de  las  Escalonías,  Hornachuelos,  CÓRDOBA.  Adscrição  OCSO.  (será  que  ê  'Escolanías'?) 

● 'Fraternidad  de  Laicos  Cistercienses'  no  mosteiro  de  S.  Clemente,  SEVILLA. ● 'Fraternidad  de  Laicos  Cistercienses'  no  mosteiro  de  Sobrado  dos  Monges,  A  CORUÑA.  Adscrição  OCSO. 

● 'Fraternidad  de  Laicos  Cistercienses'  no  mosteiro  de  Santa  María  de  Huerta,  SORIA.  Adscrição  OCSO.   

 

 Dentro  da  'Comissão  Espanhola'   temos  alargamentos  territoriais  em  Santa  María  de  Curutarán,  MÉXICO;  'Nossa  Senhora  da  Divina  Providência,  em  Conyers,  ESTADOS  UNIDOS,  bem  como  'Laicos  Cistercienses'  do  mosteiro  de  Nossa  Senhora  dos  Andes,  em  VENEZUELA.  Assim  sendo,  as  outras  duas  ramas  ou  correntes  estão  espalhadas  por  Alemanha,  Irlanda,  Holanda,  Polónia,  Nova  Zelândia,  Estados  Unidos,  bem  como  Bélgica,   França  ou  República  dos  Camarões.  Continuamos  a  conferir,  no  entanto,  a  escassa  coesão  de  uma  ACIGAL  enfarinhada  na  ideia  de  uma  promoção  urbana  costeira  que  abonará  bem  pouco  esse  ideal  bernardino  do  território  monacal  onde  regia  basilarmente  o  'ora  et  labora'.  ACIGAL  não  tem  nada  na  manga,  somente  um  acréscimo  ou  decréscimo  de  quartos,  os  famosos  e  ilegais  adicionados  e  a  vontade  de  escoar  uma  nova  paisagem  artificial.  Para  além  dos  argumentos  poliorcéticos,  obviados  pela  casta  tijoleira  e  postos  de  parte  na  frente  baterística  e  no  fecho  dos  Laranjais,  a  tentativa  de  erguer  contra-natura  uma  urbanização  de  nova  planta  a  pé  do  mar  vai  em  simultâneo  com  esse  sucedâneo  de  monaquismo  que  têm  ensaiado  perante  a  'Charte  européenne  des  abbayes  et  sites  cisterciens',  com  parca  documentação  e  menor  aportação.  É  uma  questão  que  chega  a  dar  vergonha  alheia.  Sim,  os  sucedâneos  fazem  parte  da  estratégia  da  'RMO'  neste  plano  nitidamente  turistificador  numa  zona  de  Alta  Densidade  Turística  (ADT),  de  maneira  que  TRACEJA-SE  UM  CAMINHO  PORTUGUÊS  PELA  COSTA  AO  INVÉS,  VINDO  DE  VIGO  E  PLANEJADO  PELOS  SENHORES  DA  OLÍVICA.  Os  papéis  inverteram-se  e  ninguém  parece  dar  por  isso.    

 "Acreditamos  que  a  espiritualidade  cisterciense  é  possível  adaptá-la  à  vida  de  um  laico,  se  bem  fica  claro  que  são  duas  formas  diferentes  de  vivê-lo,  monástica  e  laica,  sendo  ambas  complementárias.  Os  laicos  temos  encontrado  na  espiritualidade  cisterciense  uma  forma  de  viver  no  mundo  com  uma  maior  entrega  e  profundidade  espiritual.  Todos  afirmamos  que  o  carisma  cisterciense  pode  ser  vivido  fora  do  mosteiro".   'Identidade  Laica  Cisterciense'  ( mosteiro  de  Huerta,  6  de  junho,  2008). 

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