26 de maio de 2021

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia  

(150ª parte)  

 


ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia   

  ● Ao  que  parece,  põe-se  de  parte  o  Grande  Claustro,  mais  ao  leste  e  de  abrangência  maior  (2.250 m2),  como  local  não  visitável.  Do  século  XVI,  colmata  o  seu  enformado  estilístivo  no  XVIII  (curvas  chapadas  e  perfiladas  na  interrupção  dos  entrepanos,  fenestrações  nas  duas  alturas,  intimismo  do  seu  cemitério-jardim)  Marca  de  seu  um  perímetro  monacal  tangível  e  visível  além-vila,  particular  que  não  se  dá  no  atribulado  mosteiro  oiense. 



 

  ● Falar  da  Sala  Capitular  e  da  Cozinha  é  estabelecer  diferendos  também  tangíveis  entre  esse  románico  de  plementerias  nuas,  ingénuas  e  mais  puras,  ou  uma  Sala  Capitular  bem  mais  elegante  nas  nervaturas   desprovidas  dos  elementos  constituintes.  Particularmente,  a  essência  é  igual,   mas  os  elementos  avisam-nos    das  unidades  básicas  que  enlaçam  tudo  (ligando  com  isto  ,  fazer  menção  da  abóbada  plana  do  coro  de  Oseira,  onde  a  força  de  gravidade  luta  com  plementeria  perpendicularizada  relativamente  ao  chão).  De  salientar,  a  capela  de  Maria  Madalena,  ou  de  São  João  Baptista,  como  local  de  referências  típicas  cistercienses  (arcos  apuntados,  três  sarcófagos,  mesura  lumínica,  austeridade).




  ● A  história  começa  por  Calixto  II,  tio  de  Alfonso  VII,  quem  pediu  ao  seu  amigo  Bernard  de  Clarvaux  estabelecer  uma  fundação  cisterciense  em  Sobrado.  A  origem  deste  cenóbio  duplo  está  no  século  X,  com  comunidades  masculina  e  feminina.  Datas  importantes  serão  esse  1142,  em  que  vêm  monges  de  França,  tal  como  vieram  no  ano  de  1966  uma  comunidade  cisterciense  pequena  da  abadia  de  Viaceli,  em  Cobreces  (Santander),  mediando  através  dos  séculos  importantes  eventos:  adesão  à  Congregação  Cisterciense  de  Castela  (1498),  ampliação  e  reformas  (1600- 1700),  Real  Odem  de  supressão  do  mosteiro  (1834)  e  volta  ao  restauro  (1954). 




  ● Mencionar  professor  e  catedrático  D.  Juan  José  Martín  González  (1923-2009),  da  Universidade  de  Valladolid,  é  falar  do  'MESTRE  DE  SOBRADO',  vulto  da  escultura  seguidora  do  francês,  nome  castelhanizado,  Juan  de  Juni  (Jean  de  Joigny,  1506-1577).  Surpreendentemente,  encontram-se  obras  dele  em  vários  locais  ourensans.  Peças  escultóricas  que  devia  era  serem  custodiadas  a  sete  chaves  estão  expostas  demais  em  igrejas  alvo  de  gatunos  profissionais,  muitos  deles  vindos  do  estrangeiro. Assim  sendo,  no  lugar  de  Banga,  concelho  de  O  Carballiño,  encontramos  quatro  peças  do  chamado  'Mestre  de  Sobrado'  nitidamente  definidas  por  uma  forma  de  tratar  a  anatomia,  a  disposição  dos  corpos,  a  expressão  patética  e  uma  aparência  rude  que  só  provoca  admiração  final  entre  os  partícipes  da  arte  observada.  'Mestre  de  Sobrado'  é  internacionalizado  por  Martín  González,  um  dos  maiores  especialistas  em  escultura  barroca  espanhola,  autor  de  um  Manual  da  Arte  sobejamente  conhecido,  que  foi  substituindo  aos  poucos  e  poucos  esse  outro  manual  de  Diego  Angulo  Íñiguez.  A  tal  ponto  chegou  a  sua  ascensão  profissional  que  chegara  substituir  José  María  de  Azcárate  em  Santiago  de  Compostela  (1959),  sendo  que  a  sua  passagem  pela  Laguna,  Santiago,  Coimbra  e  Valladolid  lhe  faz  académico  das  Belas  Artes  de  todo  o  lado.  Finalmente,  se  lhe  impôs  'Doutor  Honoris  Causa'  pela  Universidade  de  Coimbra,  nomeação  imposta  em  Valladolid  por  causa  do  seu  delicado  estado  de  saude.  Era  uma  pessoa  singela  e  disciplinada  que  soube  criar  seguidores  de  enorme  talha.    

 Artigo precedente.          

Ningún comentario:

Publicar un comentario