28 de mar. de 2019

A GUARDA

PATRIMÓNIO

Demências santacruzenses 

EN MAREA-A GUARDA


 O problema de Santa Cruz está na sua falta de projeto de gestão, isto é verdade basilar. Fazer alusão a incidências menores somente retrata um estado geral de coisas definido pela incúria. Vandalismo é desculpa esfarrapada daqueles inaptos que não souberam criar um pessoal ligado permanentemente à fortaleza, de molde a assentar um espaço vigiado. Vandalismo decorre diretamente do descuramento do executivo municipal. 

 Infelizmente, aquando se apresentam queixas perante as administrações é que põem-se a andar os mecanismos garantistas, ficando ao nú as inépcias dos que governam. Santa Cruz tem uma falha primigênia, dado que da fortaleza ocuparam-se teóricamente poucas pessoas. Trata-se duma planta TRAPEZOIDAL e não romboide (os romboides contêm ângulos opostos iguais e ângulos contíguos desiguais) com lados todos desiguais; é tanto assim que as cortinas mais longas determinam uma estrela externa achatada. Mais ainda, tem uma planta interior trapezoidal que se projeta externamente num polígono igualmente trapezoidal. Este espaço castelejo onde predominava a linha horizontal foi ponteado por verticalidades desnecessárias que o converteram em JARDIM CASTELEJO. E assim ficou. Para além disto, referir a paisagem envolvente é definir a política patrimonial socialista nestas bandas: dupla interpretação da atividade especulativa, meias verdades e perda dessa paisagem.  

 Em época eleitoral debruçam-se interesses de todo o tipo, não se fazendo uma abordagem das causas reais pelas que este BIC não funciona. Ninguém interessou-se realmente por Santa Cruz. Não servem preocupações na última da hora. Aquela passada inauguração apostilava um futuro pouco promissor e os seus intervinientes mentiam com quantos dentes tinham na boca. Em simultâneo, um GTC local deconstruia o que deve ser un centro interpretativo castellológico, estável e calendarizado. Cortou-se a fita, lançaram-se palavras de ordem e mais nada se quis saber.  Hoje-em-día, paradoxalmente, EN MAREA representa esperança patrimonial no Baixo Minho, com uma nutrida bateria de propostas e as verdades pela frente.   

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