20 de set. de 2017

A GUARDA

PATRIMONIO

Encontros Poliorcéticos solicita informação sobre extração de raízes e tocões nos fossos, contraguardas e revelim de Cividans


ENCONTROS  POLIORCÉTICOS   

 Temos solicitado informação  à  vereadoria de Património da Guarda, sem resposta da parte do Sr. Javier Crespo. Temos enviado material fotográfico à Xunta de Galiza, que reenviou este à Xefatura Provincial de Pontevedra, cuja responsável é María José Echeverría Moreno, sendo quem trata pessoalmente deste assunto. 

 A nossa pergunta é a seguinte: Houve algum tipo de análise prévia de impacte sobre a terra prensada? Houve autorização da Xunta de Galiza, da Direção Geral do Património Cultural? ou foi uma iniciativa do próprio Concelho da Guarda? Até que ponto podemos nós estarmos enganados? À partida tem sido uma actuação perfeitamente errada que vulnera fisicamente uma pre-existência (torrão seiscentista, terra prensada e tratada, do S. XVII (1665) a enformar estrutura defensiva que forma parte indivisível da própria fortaleza de Sta. Cruz). Leiam as leis estatal e galega de Património. 

 Portanto, zona objecto de protecção. Dá-se uma clara contradição na atuação do governo local, no sentido deles extraírem raízes e tocões e manterem castinheiros ao desbarato, sem terem em conta os perfis do revelim de Cividans ou os alinhamentos das contraguardas da Cruz de São Sebastião. Esta obra externa em torrão tem aliás segmentos de parapeito fuzileiro em pedra; agravou-se assim a agressão patrimonial, segundo entendemos. O próprio veludo vegetal dos fetos esconde as fendas da terra esventrada. 


 Estes tocões e as suas raízes penetram no chão entre 80 cms. e 1,20 metros e há-os até os 1,50 metros, conseguindo criar esvaziamentos que darão cabo da consistência e densidade da terra tratada militarmente. Basta mostrar as fotografias para dar conta duma desfeita que é tomada como nimiedade e arranjo de jardinagem, quando não é assim de jeito nenhum. A obra em torrão é importantíssima em Sta. Cruz, visto que era a verdadeira safa dos defensores. Sem esta obra terrena não dava para entender qualquer poliorcética do Castelo perante um assédio. Estas contraguardas e revelins amorteciam a falha geral de desenho das cortinas do Socorro e Santa Tecla. Talvez devía ter sido construído um hornaveque em substituição das antes citadas cortinas, à mesma altura que Cividans, passível de centralizar a morfologia em planta  e de reduzir os custos da obra toda. Assim sendo, a exposição física perante o inimigo ver-se-ía reduzida. 


 Evidentemente, cabería solicitar responsabilidades imediatas ao governo local guardês. Ao nosso entender, não há justificação nenhuma neste caso para argumentar que  tratou-se de uns trabalhos de “limpeza” superficiais, dado que os buracos provocados são de extrema gravidade, mais ainda quando forom recobertos. Isto é como pretender disfarçar a notória diferença entre densidades da massa terrena o a sua futura exposição à água (zona previsivelmente alagadiça ou lamarenta). E se por acaso, algum técnico da Xunta aprovou isto, devia era ser indiciado.

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