7 de xul. de 2021

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia  

(157ª parte)    


Torre da igreja do Mosteiro de Santa María de Oia, vista desde o claustro
Foto: Infogauda

ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia

 Afigura-se  a  polêmica  em  redor  dos  variados  caminhos  a  Santiago  vindos  de  território  português.  Todos  querem  tirar  partido  de  um  roteiro  suplementar,  que  abona  interesses  muito  complexos  mas  indiciantes.  Primeiramente,  as  pessoas  são  muito  livres  de  escolherem  rota  e  experiências  pessoais,  isto  é  ponto  assente;  ora  bem,  aquando  se  corporizam  outros  atores,  outras  projeções  e  outros  processos  que  nada  têm  a  ver  com  o  'Jacobeu  21-22'  surgem  os  primeiros  interrogantes.  Para  já,  informar  da  existência  de  um  'Centro  Interpretativo  do  Caminho  Português  da  Costa'  em  Viana  do  Castelo  (inaugurado  a  3  de  novembro  de  2018)  coisa  que  não  acontece,  nem  tem  reflexo  numa  área  tão  disputada  a  todos  os  níveis  como  Baixo  Minho  e  Val  Miñor.  Na  "Fisterra  do  sul"  quere-se  implantar,  custe  o  que  custar,  um  modelo  económico-turístico  onde  fiquem  combinadas  as  promoções  urbanas  costeiras  junto  dos  aero-geradores.  Tal  experimento  promove-se  desde  uma  Xunta  galega  amiga  do  desenvolvismo  nu,  desde  uma  'RMO'  perpetradora  e  desde  políticos-satélite  que  enformam  uma  teia  de  aranha  irreconhecível.  Agora,  infelizmente,  somam-se  sociedades  respeitáveis  como  as  filatélicas.    




 Há  caminhos  lusos  para  escolher:  1) Caminho  Português  Central  (Faro-Santiago  de  Cacém- Grândola- Almada- Lisboa- Santarém- COIMBRA- Porto- Ponte  de  Lima- Valença.  Longo,  completo,  visto  colmatarem-se  muitos  quilómetros).  2) Caminho  Português  pela  Costa  (com  variantes  evidentes  que  falam  de  descostrução  de  um  processo  histórico,  em  curso.  A  posta  em  valor  da  rota  'A  Guarda-Vigo'  vem  acompanhada  de  novas  transformações  negativas  na  paisagem  e  no  território).  3)  Caminho  Português  do  Interior  (Viseu-  Lamego-  Chaves- Verín- Ourense- Dozón- Santiago).  4)  Via  da  Prata  Portuguesa.  5)  Caminho  das  Torres  (de  caráter  marcadamente  transfronteiriço,  poliorcético,  que  reforça  uma  necessária  centralidade  e  cujo  roteiro  passa  por  Salamanca - Almeida - Trancoso - Lamego - Amarante - Guimarães - Braga - Ponte  de  Lima - Valença -  Redondela,  etc…).  Há  muitas  outras  rotas  aderentes  e  complementares  vindas  do  país  vizinho,  de  livre  escolha,  mas  não  me  venham  dizer  que  Vigo  esta  "na  moda"  dado  tê-lo  dito  uma  personagem  que  não  tem  ponta  por  onde  se  lhe  pegue.  

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