PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(157ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
Afigura-se a polêmica em redor dos variados caminhos a Santiago vindos de território português. Todos querem tirar partido de um roteiro suplementar, que abona interesses muito complexos mas indiciantes. Primeiramente, as pessoas são muito livres de escolherem rota e experiências pessoais, isto é ponto assente; ora bem, aquando se corporizam outros atores, outras projeções e outros processos que nada têm a ver com o 'Jacobeu 21-22' surgem os primeiros interrogantes. Para já, informar da existência de um 'Centro Interpretativo do Caminho Português da Costa' em Viana do Castelo (inaugurado a 3 de novembro de 2018) coisa que não acontece, nem tem reflexo numa área tão disputada a todos os níveis como Baixo Minho e Val Miñor. Na "Fisterra do sul" quere-se implantar, custe o que custar, um modelo económico-turístico onde fiquem combinadas as promoções urbanas costeiras junto dos aero-geradores. Tal experimento promove-se desde uma Xunta galega amiga do desenvolvismo nu, desde uma 'RMO' perpetradora e desde políticos-satélite que enformam uma teia de aranha irreconhecível. Agora, infelizmente, somam-se sociedades respeitáveis como as filatélicas.
Há caminhos lusos para escolher: 1) Caminho Português Central (Faro-Santiago de Cacém- Grândola- Almada- Lisboa- Santarém- COIMBRA- Porto- Ponte de Lima- Valença. Longo, completo, visto colmatarem-se muitos quilómetros). 2) Caminho Português pela Costa (com variantes evidentes que falam de descostrução de um processo histórico, em curso. A posta em valor da rota 'A Guarda-Vigo' vem acompanhada de novas transformações negativas na paisagem e no território). 3) Caminho Português do Interior (Viseu- Lamego- Chaves- Verín- Ourense- Dozón- Santiago). 4) Via da Prata Portuguesa. 5) Caminho das Torres (de caráter marcadamente transfronteiriço, poliorcético, que reforça uma necessária centralidade e cujo roteiro passa por Salamanca - Almeida - Trancoso - Lamego - Amarante - Guimarães - Braga - Ponte de Lima - Valença - Redondela, etc…). Há muitas outras rotas aderentes e complementares vindas do país vizinho, de livre escolha, mas não me venham dizer que Vigo esta "na moda" dado tê-lo dito uma personagem que não tem ponta por onde se lhe pegue.
Ningún comentario:
Publicar un comentario