PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(160ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
"Sinalização do 'Caminho Português da Costa' foi iniciada há 20 anos pela Associação, que considera não ter lógica a ambiguidade existente; não nos importa o facto de existir essa variante, não lhe poderá é chamar 'Caminho Português da Costa'. A correção desse erro traria maior rigor ao percurso; não fica bem que o 'Xacobeo S. A.' esteja a fazer a promoção de um caminho que não tem fundamento histórico. Não é só a Associação que se sente defraudada, mas todos os peregrinos que percorrem o Caminho por Valença e, inclusivamente, muitos espanhóis que têm conhecimento que a etapa de A Guarda é uma invenção".
Cabe assim colocar algumas perguntas:
● Quém alcunhou a falsa vía de caminho "monacal" para Oia? Por acaso não são os diferentes caminhos também monacais? (Entre outros, Lourenzá e Sobrado, no Caminho do Norte/ Samos e Sarria, no Caminho Francês/ Ribadavia e San Clodio, no Caminho Minhoto Ribeiro/ Oseira e Dozón, no Caminho Português do Interior/ Allariz e Xunqueira de Ambía, na Via da Prata, etc.. (ficam no tinteiro mais exemplos sobejos disso).
● 'RMO' cauterizou opinião pública de molde a criar um pensamento único, sem debate, onde os 'mass media' tomaram as rédeas da unidirecionalidade. Na realidade, 'RMO' se fez juiz e parte no assunto, assumindo uma centralidade que condena aos cidadãos à real subsidiaridade, por forma a ficarem como cambada de pacóvios, como atores sem cenário que possam chamar próprio. É essa a verdade, mesmo importunando, desgraçadamente. 'RMO' baralhou tudo e todos; escolhendo públicos-alvo (casais novos com crianças) despudoradamente para fazer ao invés um roteiro. NA PEREGRINAGEM REAL NÃO HÁ CABIMENTO PARA ESTES EXPERIMENTOS, SAIBAM DE VEZ.
● Pano de fundo está no mal chamado 'potencial económico do Património', que não passa de uma desculpa esfarrapada para levar à frente uma negociata urbanística exponencial numa paisagem ainda por destruir (sic). Esse constitui o verdadeiro 'ônus da prova'. Aliás, um outro 'ônus' será o nojento recurso à bajulação, que já fede. Deixem de ensaboar às pessoas, de lisonjeá-las conforme prévio estudo de marketing.
"O que a Associação pretende é que o 'Xacobeo S.L.' valide como 'Caminho Português da Costa' o percurso por Valença e que chame à etapa de A Guarda uma variante, porque assim é que está correto". Barbosa insiste no trabalho de rigor histórico, com apoio de pessoas especializadas que identificaram tal percurso. Atualmente existem uma panóplia de caminhos para Santiago; no mínimo são três: Caminho Central Português, Caminho Português da Costa e Caminho do Interior. Mas, com certeza, há muitos mais. Procurem roteiros de acordo e reencontro porque está nas maõs de todos, apesar das toscas manobras locais e políticas. Torna-se evidente que está a primar um localismo carregado de apoiantes que pouco ou nada têm a ver com a vila da Guarda (e sim muito a ver com clientelas vindas de Vigo). Relação de subserviência da classe política baixo-minhota relativamente aos vindos da olívica é já um facto.
'Agência Lusa', entretanto, enviou um pedido de esclarecimento à Comissária-delegado do Plano Jacobeu 2021, Cecília Pereira Marimón, até agora sem resposta. 'Xacobeo S.A.' é uma entidade pública sob a tutela de 'Axencia Galega de Turismo' que gere os serviços comuns da rede pública de albergues e do resto do seu património social, as relações com as 'Associacões de Amigos do Caminho de Santiago', bem como o planeamento, programação e execução das ações de promoção e organização dos atos a desenvolver. Vamos referir, que remédio, as futuras certificações a conferir da parte do 'Caminho Minhoto Ribeiro', 'Caminho Português de Santiago na Península de Setúbal' bem como a 'AACS' do Barbosa. 'Turismo do Porto e Norte de Portugal' (TPNP), cujo presidente é Luis Pedro Martins, faz uma aposta decidida para serem concretizadas.
(Continuará)
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