PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(151ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
Caminhada do próximo 5 de junho 'De Monumento a Monumento', organizada pela 'RMO', vai ter pontual resposta, desmontando uma operação entregue ao facilitismo e à meia verdade. À partida, Valença do Minho será confluência do Caminho Português Central e do Caminho Português da Costa (seja na 'Rotunda da Trapicheira', seja na 'Rua, intramuros, Conselheiro Lopes da Silva', para acabar as duas saindo pela Porta da Gaviarra em direção à ponte internacional). Primeira grande verdade, visto que Portugal nunca criou caminhos falsos que iludissem às pessoas, como garantidamente se vê no caso da consignatária viguense. Primeira lição a respeitar, Caminho Português é independente e conclusivo no seu duplo percurso, está legitimado pela história e pela legalidade através de uma marca concreta, legal e garantista que os senhores da 'RMO' querem deixar de parte. A experiência de fronteira está baseada na fortaleza valenciana e na catedral acastelada de Tui (era Contrasta, Castro de Tide). Enfim, entra-se por Valença- Tui; sendo que Candidatura conjunta de 10 municípios ao 'Norte 2020' far-se-á realidade (Porto, Matosinhos, Maia, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Esposende, Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira e Valença), tendo como símbolo oficial:
1. Uma vieira estilizada.
2. Convergência dos vários caminhos europeus para a cidade de Santiago.
3. Ondas sob a vieira.
4. Identificação inequívoca do chamado CAMINHO PORTUGUÊS DA COSTA.
5. 10 circunferências que abraçam a vieira (10 municípios do projeto).
6. Cores predominantes (azul e amarelo).
Apartir daí, fica tecido um roteiro, 'Caminho Português Central', basilar para entender a importância da via lusa a Compostela. Pontos de passagem e de paragem serão: Capela da Virgem do Caminho; Cruzeiro de S. Telmo; Ponte das Febres, no rio Louro; Orbenlle; Capela da Virgem da Guia; Porriño; Capela das Angustias; Capela de Santa Marta; Mós pela ponte do rio Louro; Cabaleiros; Monte Cornedo; Chan das Pipas; Vilar e Redondela. A seguir, Igreja de Santiago; Fonte Outeiro de Penas; Alto da Lomba; Arcade; Pontesampaio; Alto da Canicouva; Figueirido; Boullosa; Bértola e Pontevedra. Capelas, pontes e cruzeiros ponteiam por todo o lado, continuando o tracejamento do nosso percurso: Virgem Peregrina e, ultrapassado o Lerez, Santa María de Alba e a Capela de S. Caetano em Goxilde; San Mauro; Alto da Portela; Valbon; Cruzeiro de Amonisa; Briallos; Tivo; Ponte do rio Umia e Caldas de Reis. Para não ser exaustivo, autenticada até a fartura esta vía lusa a Compostela, resta por em causa esse desmerecimento que aninha nos senhores da 'RMO'. As pessoas são muito livres de escolher uma u outra via de peregrinagem; afim de contas, não será paragem nenhuma a metrópole de Vigo (cujo roteiro urbano era uma dor de cabeça para os caminhantes). Não será nada sério fazer uma caminhada de duas ou três horas, ao invés, com uma máscara que fala de desnecessidade, de 'andaina' submissa e de docilidade de uma 'RMO' empenhada em atingir os seus disparatados objectivos. Não terá lógica racional submeter ao tandem 'O2/ CO2' aos caminhantes que possam acorrer em apoio desse 'De Monumento a Monumento'. Grandes manchetes andam à solta no relativo ao mosteiro de Oia; 'mass media' entraram em embaratecimento comunicacional imperdoável, sendo sequestrada toda objectividade. Uma pergunta será oportuna: Desapareceu 'S.O.S.- Mosteiro'? Entretanto, é obvio que 'RMO' beneficia de situações confusas.
(Continuará)
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