30 de maio de 2021

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia  

(151ª parte)  


  

ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia   

 Caminhada  do  próximo  5  de  junho  'De  Monumento  a  Monumento',  organizada  pela  'RMO',   vai  ter  pontual  resposta,  desmontando  uma  operação  entregue  ao  facilitismo  e  à  meia  verdade.  À  partida,  Valença  do  Minho  será  confluência  do  Caminho  Português  Central  e  do  Caminho  Português  da  Costa  (seja  na  'Rotunda  da  Trapicheira',  seja  na  'Rua,  intramuros,  Conselheiro  Lopes  da  Silva',  para  acabar  as  duas  saindo  pela  Porta  da  Gaviarra  em  direção  à  ponte  internacional).  Primeira  grande  verdade,  visto  que  Portugal  nunca  criou  caminhos  falsos  que  iludissem  às  pessoas,  como  garantidamente  se  vê  no  caso  da  consignatária  viguense.  Primeira  lição  a  respeitar,  Caminho  Português  é  independente  e  conclusivo  no  seu  duplo  percurso,  está  legitimado  pela  história  e  pela legalidade  através  de  uma  marca  concreta,  legal  e  garantista  que  os  senhores  da  'RMO'  querem  deixar  de  parte.  A  experiência  de  fronteira  está  baseada  na  fortaleza  valenciana  e  na  catedral  acastelada  de  Tui  (era  Contrasta,  Castro  de  Tide).  Enfim,  entra-se  por  Valença- Tui;  sendo  que  Candidatura  conjunta  de  10  municípios  ao  'Norte  2020'  far-se-á  realidade  (Porto,  Matosinhos,  Maia,  Vila  do  Conde,  Póvoa  de  Varzim,  Esposende,  Viana  do  Castelo,  Caminha,  Vila Nova  de  Cerveira  e  Valença),  tendo  como  símbolo  oficial:

  1. Uma  vieira  estilizada.

  2. Convergência  dos  vários  caminhos  europeus  para  a  cidade  de  Santiago.

  3. Ondas  sob  a  vieira. 

  4. Identificação  inequívoca  do  chamado  CAMINHO  PORTUGUÊS  DA  COSTA. 

  5. 10  circunferências  que  abraçam  a  vieira  (10  municípios  do  projeto). 

  6. Cores  predominantes  (azul  e  amarelo).

 



 Apartir  daí,  fica  tecido  um  roteiro,  'Caminho  Português  Central',  basilar  para  entender  a  importância  da  via  lusa  a  Compostela.  Pontos  de  passagem  e  de  paragem  serão:  Capela  da  Virgem  do  Caminho; Cruzeiro  de  S.  Telmo; Ponte  das  Febres,  no  rio  Louro; Orbenlle; Capela  da  Virgem  da  Guia; Porriño; Capela  das  Angustias; Capela  de  Santa  Marta; Mós  pela  ponte  do  rio  Louro; Cabaleiros; Monte  Cornedo;  Chan  das  Pipas; Vilar  e  Redondela.  A  seguir,  Igreja  de  Santiago; Fonte  Outeiro  de  Penas;  Alto  da  Lomba;  Arcade;  Pontesampaio; Alto  da  Canicouva;  Figueirido;  Boullosa;  Bértola  e  Pontevedra. Capelas,  pontes  e  cruzeiros  ponteiam  por  todo  o  lado,  continuando  o  tracejamento  do  nosso  percurso:  Virgem  Peregrina  e,  ultrapassado  o  Lerez,  Santa  María  de  Alba  e  a  Capela  de  S.  Caetano  em  Goxilde; San  Mauro; Alto  da  Portela;  Valbon;  Cruzeiro  de  Amonisa;  Briallos;  Tivo;  Ponte  do  rio  Umia  e  Caldas  de  Reis.  Para  não  ser  exaustivo,  autenticada  até  a  fartura  esta  vía  lusa  a  Compostela, resta  por  em  causa esse  desmerecimento  que  aninha  nos   senhores  da  'RMO'. As  pessoas  são  muito  livres  de  escolher  uma  u  outra  via  de  peregrinagem;  afim  de  contas,  não  será  paragem  nenhuma  a  metrópole  de  Vigo  (cujo  roteiro  urbano  era  uma  dor  de  cabeça  para  os  caminhantes).  Não  será  nada  sério  fazer  uma  caminhada  de  duas  ou  três  horas,  ao  invés,  com  uma  máscara  que  fala  de  desnecessidade,  de   'andaina'  submissa  e  de  docilidade  de  uma  'RMO'  empenhada  em  atingir  os  seus  disparatados  objectivos.  Não  terá  lógica  racional  submeter  ao  tandem  'O2/ CO2'  aos  caminhantes  que  possam  acorrer  em  apoio  desse  'De  Monumento  a  Monumento'.  Grandes  manchetes  andam  à  solta  no  relativo  ao  mosteiro  de  Oia;  'mass  media'  entraram  em  embaratecimento  comunicacional  imperdoável,  sendo  sequestrada  toda  objectividade.  Uma  pergunta  será  oportuna:  Desapareceu  'S.O.S.-  Mosteiro'?  Entretanto,  é  obvio  que  'RMO'  beneficia  de  situações  confusas.  

(Continuará) 

 Artigo precedente.

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