PATRIMÓNIO
Alguns apontamentos sobre as obras do Forte Novo de Goián
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Goián
Afinal ensaibramento parece ter-se imposto naquele âmbito externo dum forte abaluartado de 1671; erro portanto permanece. Macadame, britas, calcetado andam em jogo com um saibro cuja permanência nesse desenho primigénio militar (glacis e antigos caminhos cobertos) não está sequer garantida. Não se trata de sermos picuinhas ou fundamentalistas, antes bem de aplicar um rigor onde não se teve em conta uma das principais premissas quanto a fossos, revelins e esplanadas numa obra militar de projeção externa. Prova disso está na própria estrada que desce ao rio, erro de vulto que tem seccionado o glacis à bruta e à francesa desde o primeiro momento (pode-se conferir no canto esquerdo de uma das fotografías). Com essas precedências não admira que se tenha instalado uma completa distorção do conjunto; é provável que a este saibramento lhe siga um dessaibrar inesperado, sobrevindo, decorrente da passagem das pessoas, das inércias ou do próprio uso. Tem sido um empreendimento inútil, uma despesa inglória e uma brincadeira para consolo dos políticos. O "xabre", o "sábrego" não era aqui chamado e a Xunta galega ficou outra vez desnorteada, sem capacidade para gerir princípios definidos na UNESCO. Sirva este documento fotográfico para seguir denunciando as agressões acontecidas os últimos días na guarita aqui visível do baluarte de San Xoan (silhar curvo que foi parar ao fosso).
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