27 de set. de 2017

A GUARDA

PATRIMONIO

Mais pormenores sobre a obra externa em torrão de Sta. Cruz  

As extracções de raízes e tocões feitas no enformado militar terreno de Sta. Cruz constituem caso a salientar


ENCONTROS  POLIORCÉTICOS 

 As extracções de raízes e tocões feitas no enformado militar terreno de Sta. Cruz constituem caso a salientar. Uma área mínima de 10.795 metros quadrados tem sido afetada e, em simultâneo, 742 metros perimetrais também. Ficou muito aquém do esperado quaisquer medidas de estudo e prevenção do impacte, para além de uma previsível vistoria ou autorização da Xunta galega. Dª María José Echevarría Moreno, a responsável  por este “affaire”, não responde ou não parece querer responder (o marido dela trabalha em ENCE-ELNOSA….). Importa sublinhar o carácter apolítico deste pedido de informação cursado à Direção Geral do Património Cultural. 

 Os tocões arrincados deixam cicatrizes e dão cabo da consistência da terra envolvente. Se pensavam que isto só era um trabalho de jardinagem estavam verdadeiramente enganados. Convivem aliás duas circunstâncias na Fortaleza de Sta. Cruz no relativo a política vegetal: Manutenção de árvores invasivas e autóctones nos lugares mais imprevisíveis e vulneração de alinhamentos militares pre-existentes. Tanto tem uma castinheira no revelím de Cividans, como um eucalipto no meio de nada, ao Deus dará. Extraem-se raízes e tocons “à bruta e à francesa”, sem ter estabelecido um informe de risco (onde é que está o tal informe?). Por qué não há transparência? 

 Encontros Poliorcéticos tem solicitado informação ao presidente da Câmara guardense e ao vereador de Património e… népias, nadinha, não respondem. Como também não o fazem aquando se lhes sugere uma libertação espacial da Zona PERI-3, por exemplo. Lá, encontram-se a sem-razão dos privados com a coerência patrimonial numa rota de colisão evidente. Três lotações ou parcelamentos “acarinham” o nosso Castelo. O primeiro tem 7.958 m2 e vedação de 365 metros; o segundo, 11.700 m2 e vedação de 425 metros e, por fim, o terceiro 4.130 m2 e 307 metros de vedação. Ao total, 23.217 metros quadrados de superfície. Mas atenção, são privados…, nada a fazer. Já, para não falar das Ordenanças. 

 Da mesma maneira, a nossa mazelada fortaleza dista 63 metros do primeiro bloco da chamada Residencial, 60 metros do segundo bloco desta mesma e 85 metros daquele futuro terceiro, consumando-se a desfeita paisagista mercê do factor altura e escalas. Tudo isto foi tratado e falado no recente Seminário de Almeida, tratando-se de assuntos pendentes, protelados, existindo uma desinformação ofegante. Consultem a grosso modo os artigos 5, 12, 13, 19 ou 35 da Lei do Património Cultural de Galiza, onde, como muitos outros, interpretar-se-ão correctamente os direitos cidadãos e patrimoniais tão frequentemente postos de parte. Um governo local qualquer não pode dar-se ao luxo de bloquear a informação que se lhe pede ou de demonizar às pessoas.

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