Forte de S. Joám na Vila do Conde
Forte de S. Joám na Vila do Conde
José Buiza Badás
Mais umha unidade hoteleira nesta estrutura abaluartada de expressom pentagonal e um polígono externo de 236 metros. Este Imóvel de Interesse Público, assim reconhecido por Decreto de 6 de Outubro de 1967, foi concluído em 1642 apartir de alvenarias ordinárias com paramentos bem concertados e canteados regulares e boa esquadria nos cunhais e outros pontos do recinto.
O arco de entrada é de volta perfeita e contém escudo de Portugal, bem como umha aduelagem de 11 peças que junto da jambagem aparece-nos em feiçom rusticada. A entrada adapta-se ao alambor do lenço murário e há rebaixes para a porta levadiça. Na praça de armas contabilizarom-se divisons para o Governador, umha cozinha, o paiol para a pólvora e umha capela. Os parapeitos abrigam estas unidades reabilitadas, sendo encimados por lajeados de forro e contendo caminhos de ronda com paradós incluído.
As guaritas, com silharias menos apuradas que nos cunhais, tenhem 4 lados e estám dispostas em plano perpendicular relativamente à aresta dos cunhais. Elas apresentam coroa de cupulim bolboso e suave de quatro vertentes, com 3 vans rectangulares capialçados. Nom há bases ou lampetas e éstas assentam na linha magistral ou cordóm.
No flanco do baluarte Noroeste advertimos umha troneira tipo “caixa de correio” que protegia as entradas e saídas dessa poterna situada na inmediata cortina Oeste, com arco de meio ponto de 5 aduelas. Confere-se com clareza a existência de alicerces de rocha natural, de rocha mãe, nos bastions Noroeste, Suroeste e cortina Oeste. Esta práctica construtiva tem umha longa tradiçom em solos graníticos e antes de mais nada, em solos xistosos, em relaçom às arquitecturas populares. O magistério já provinha das construçons anónimas.
Este forte tem umha planta simétrica a partir do eixo que parte da bissectriz do bastióm Norte e toca no ponto meio da cortina Sul. 5 destes bastions, 3 guaritas e um matacám corporizam a projeçom defensiva cara ao exterior. As cortinas que unem estes pontos som desiguais, ainda que mantenham umha planimetria regular. Cortina Norte mede 22 m., cortina NE mede 22 m. também. As restantes, Sureste, Sul e Oeste, tenhem comprimentos de 13 m., 14 m. e 18 m., respectivamente. Um cruze de diagonais feito, por exemplo, do bastióm Noroeste ao bastióm Este dá-nos 83 metros.
Da mesma maneira, as angulaçons dos baluartes som as seguintes: 86º graus o Baluarte Suroeste; 68º graus o Baluarte Noroeste; 74º graus Baluarte Norte; 80º graus Baluarte Este e 79º graus o Baluarte Suleste. As suas bissectrizes prolongadas até as golas son de 19 m. no Baluarte Noroeste; 17 m. no Baluarte Norte; 15 m. no Baluarte Este; 13 m. no Baluarte Sureste e 13 m. no Baluarte Suroeste.
R.P.I.
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