2 de xan. de 2016

PATRIMONIO

Muralha seiscentista de Cerveira




JOSÉ  BUIZA  BADÁS



  Expansom populacional e progresso derom cabo dumha cerca que tencionava reforçar defesas perante o inimigo da margem direita do rio. Junto do Castelo medieval, Forte de Lovelhe, Bateria da Mata e os fortins de Campos, Chã de Campos e o da Carvalha, para além dos de Forte, Coroa do Picoto e da Costa, resumem um subsistema português que, contrastado com os recintos galegos forma o tramo fortificado de Tominho - Vila Nova de Cerveira, na FORTRANS.

 Concluida em 1667, com 5  baluartes, 1 meio baluarte, 1 revelim ou esperonte, 1 hornaveque e 2 redenturas angulares, envolvia aquilo que se chamou a Cerveira Nova e a Cerveira Velha do Castelo, cingindo-se a umha planimetria irregular, acumulativa de formas trapezoidais e delimitada por lugares como a Capela de Sam  Sebastiám, Portas Sul e Suroeste, traseiras da Igreja Matriz, Ermida de Sam Miguel, Hornaveque de lados compridos e uma longa Cortina em ângulo obtuso que olha para a feira sabática e o rio Minho. O velho castelo fai parte dessa dupla estrutura murária.

 Aquilo que vamos analisar é o que resta das citadas defesas. Falamos das redenturas que se encontram ao pé do Arquivo Municipal e do Auditório e junto da linha de comboio. O lado mais próximo desta tem 26,50 m. até umha engra ou entrância; a seguir mais 39,80 m. conduzem-nos a umha outra flexom que, feita ângulo, prossegue mais 25,80 m. até a guarita. Esta tem forma hexagonal, com base-chan de 7 peças, corpo de 26 unidades de silharia, colarinho de 6 peças e coroa a base de pedra miúda com ligante a  disfarçar um acometimento pobre. Três aberturas sem capialço, rectangulares, de entre 18-20 e 25 centímetros som rasgadas no corpo. Todavia, os silhares desse corpo apresentam medidas de 25-38 e 42 cms. nas larguras e de uns 60-65 cms. nos vários comprimentos. Umha base composta de 4 peças maiores concertadas, onde fica patenteada a disposiçom de um apótema e duas esviagens em relaçom aos lados da guarita, salienta umha posiçom verticalista no encontro com o cunhal. Por fim, mais 20,40 m. dám testemunho do que resta dessa muralha. O talude tem aqui 9 peças de assentamento de soga e tizóm, ou perpianho, regulares.

 O  aparelho, tirando estes cantos, é irregular e munido de rípios ou rachas. O segundo cunhal recolhe 6 peças a soga e tizóm e umha pequena zarpa rente ao chan, numha focagem meticulosa onde conferimos um canto desagregado quanto às peças de composiçom. A altura das muralhas oscila entre 2-2,30 e 2,60 metros.

 Tem um dispositivo de 27 lámpadas para a iluminaçom, sendo que muitas já estám estragadas; tal como acontece com o Castelo de Sta. Cruz, na Guarda, onde o vandalismo nom dá  descanso e cujos bolardos ilumínicos, en quantia apreciável, foram arrancados, indo parar fora das muralhas. Igualmente, algumha sinalética recente e um poste para as audioguias. Portanto, man dura com os malcriados.

 ( * )  R.P. Intelectual

Ningún comentario:

Publicar un comentario