PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(176ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
Relato da 'Rodríguez+Pintos' sobre o campo de prisioneros de Oia fundamenta basamentos teóricos que não se ajustam, de todo, à realidade comúm em Europa. Aceites plenamente como espaços inevitáveis do chamado 'Dark Tourism', são uma parte consubstancial e visitável que é tida por tal sem o maior problema. Aquando referiamos o 'mosteiro da Santa Espina' como mais um desses âmbitos, centrávamos com efeito a questão, evitando cairmos na desmesura e, provavelmente, no calculado interesse dos que 'sangran por la herida' (vean 'Instituto de Estudios Miñoranos' -IEM- por ejemplo, que se dota de extrañas atribuciones en todo este asunto para refrendar un proyecto urbano NETO, trayendo de conferenciante al joven Juan Martínez Reboredo, impulsor como su padre del inventado camino "monacal"). Mosteiro de Oia tem a tal 'atmosfera singular' sem darmos conta de outras realidades bem mais importantes ou igualmente importantes? Vejam então o passadiço militar, as seteiras, a praça de armas ou esse imenso talude corrido; vejam o significado dessas águas canalizadas em relação a uma organização hidraúlica cisterciense. Mais uma história muito mal contada, provavelmente, da parte de uma equipa de arqueólogos que muito pouco defendem todos os sistemas hídricos existentes no mosteiro. Fazer distinções entre umas águas e outras no Lavandeira poderia ser um pretexto interesseiro para concretizar o falso corredor "ecológico". Está tudo dito sobre 'captacões', 'conduções forçadas', 'distribuição' e 'evacuação' neste mosteiro? Outros remendos são habituais no discurso da 'RMO'; seguinte frase diz algo disto: 'Cada lugar del Monasterio de Oia - el único monasterio cisterciense a orillas del Atlántico (!?) - es especial,...' Para que propagandear este facto vezes sem conta? Qual a necessidade de publicitar a tudo custo isto se não fosse uma razão mercantil?
São Romão do Neiva
Mais ao sul, a poucas centenas de metros deste nosso oceano Atlântico, sedia-se o 'mosteiro comendatário e beneditino de São Romão do Neiva', em Viana do Castelo. Ao poente tem o mar bem pertinho e uma igreja paroquial cujo orago é Santiago (o mais antigo fora de Espanha). Além disso, este mosteiro figura no genuíno 'Caminho Português da Costa' e era conhecido pelo seu Hospital de Peregrinos, tal como aquele outro 'Hospital Velho' de Viana da Foz do Lima. PODE-SE DIZER O MESMO RELATIVAMENTE A OIA? A PERGUNTA É BEM PERTINENTE, VISTO NÃO SERVIREM DE NADA NOVÍSSIMAS "ESTALAGENS" DE ATUALÍSSIMA FILIAÇÃO.
'Atravessando o rio Neiva pela ponte do Sebastião o peregrino é chegado a Castelo do Neiva, freguesia do concelho de Viana do Castelo. Atravessando o lugar de Moldes chega à Avenida Central de onde se pode subir até a igreja de Santiago, a mais antiga consagrada ao apóstolo fora do território espanhol. Daquí dirija-se até Santiago de Perlinha, na direção da vizinha freguesia de São Romão do Neiva. Chegado ao lugar de Aldeia de Cima, tome-se a antiga estrada real, agora caminho florestal, para passar junto de Cenóbio. Dirigindo-se agora para a freguesia de Chafé onde se retoma a estrada real, por entre Alminhas e uma via sacra, o caminho atravessa vários lugares da freguesia até entrar por Vila Nova de Anha, onde passa pela igreja de Santiago. Atravesse-se agora o Monte do Faro, na direção Darque e Viana do Castelo'. Tais são as indicações dadas para este roteiro secular, em tudo diferente do novel denominado "Camiño Monacal" de Oia.
(Continuará)
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