PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(148ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
● Segundo corpo na rua central sofre o esganamento do colossalismo, concretizando-se em duas colunas da ordem compósita onde ficam presentes éntase e imóscapos através de tambores pouco visíveis. Tais colunas, assentes em basas que quebram um frontão curvo, encimando o entabulamento, flanqueiam um vão rectangular acodado, bem como um escudo imperial bicéfalo com coroa voada e fechada. Fim desta cenografia é constituido por frontão curvo e dois ourantes na cimeira. Especial ressalva será posta nos 5 arrostados e 3 'putti' a salvaguardarem Maria. Não são, aliás, os únicos (desdobrando grinaldas, acompanhando um aparato de formas bolbosas ou acentuando o seu realismo físico).
● Uma operação co-financiada pela União Europeia, Programa Operativo FEDER Galicia 2014-2020, intitulado 'A conservação do ambiente e do património cultural' fez uma intervenção dupla sobre o espaço monacal apartir da dita Sala de Audiências e da imagem da Virgem, século XII, que em tempos esteve desinstalada. 'Plaza del Pueblo' ergue-se como lugar de litigio fronteiriço e urbanístico no momento presente. No entanto, este programa seguiu implementando ações tais como:
a) Datação de madeiras (Universidade de Compostela).
b) Análise da pedra (USC).
c) Datação dos morteiros de cal (Universidade da Coruña).
d) Caracterização de flora (Universidade de Vigo).
e) Gestão Ambiental.
f) Fotogrametria.
(Xunta galega, pelos vistos e tal como foi-nos dito por um monge, fechou as portas do mosteiro no verão de 2020, apenas fazendo avaliação ou vistoria do realizado. Albergue de Peregrinos foi também alvo desta estranha medida).
● Sobre o Claustro dos Peregrinos, século XVII, (todos eles, aliás, do lado da Epístola ) convém fazer menção das basas das pilastras estriadas dóricas e das pilastras jónicas do corpo alto (com fenestração destas). Arcos de volta perfeita a acompanharem o conjunto de arcarias em escala díspar.
● Claustro dos Medalhões, mais pequeno, oferece quatro ângulos com alegorias. Esses cantos representam a Águia de São João bem como a face de S. João Baptista ao lado; símbolo de Maria na ordem e Daniel ao lado; escudo da Anunciação e a personagem Micah ao lado e, finalmente, um símbolo da Congregação Cisterciense de Castela e o monge Alberto. Esta profusão vem acrescentada por novos bustos (36 acima de cada janela) a representar figuras bíblicas, reis, monges e por aí fora. Do século XVII também, assenta sobre antiga construção românica do século XII.
(Continuará)
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