19 de dec. de 2020

OIA

PATRIMÓNIO

Considerações paisagistas em Oia 

(121ª parte)   


ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia  

 Projeto  urbanizador  da  "RMO"  anda  mesmo  precisado  (interesseiramente)  de  todos  esses  trámites  burocráticos  de  molde  a  "justificar  um  expediente"  e  ultrapassar  a  "prova  das  provas"  (luz  verde  de  Concelho/ Urbanismo/ Património/ Augas  de  Galicia,  Costas  de  Galicia/  Costas  de  España  e  Meio  Ambiente),  muito  embora  tenha  por  força  de  ser  reprovado  quando  à  hora  de  serem  analisados  os  impactos  paisagistas  nos  vários  pontos  de  observação  apareçam  todos  os  alarmes  havidos  e  por  haver.  Análise  das  bacias  visuais  poderá  eventualmente  ser  a  PROVA  DE  ALGODÃO  que  trave  as  ambições  de  "Vasco-Gallega  de  Consignaciones".  Cómo  é  possível  acreditar  num  palimpsesto  urbano  e  disfarçá-lo  de  "alegada  paisagem"?  É  preciso  descaramento  a  todo  tamanho  para  defender  tais  argumentos.  Aliás,  debate  sobre  o  futuro  do  mosteiro  de  Oia  está  nos  primórdios,  no  início,  sem  que  poucos  queiram  com  verdade  fugir  ao  diretório  estipulado  arbitrariamente  pelos  proprietários.  Prementemente,  cada  um  dos  atores  envolvidos  no  "show  off"  monacal  (todos  e  cada  um  deles)  deviam  era  fazer  um  balanço  das  suas  contradições  ou  das  suas  renúncias  para  assim  podermos  esclarecer  qual  seria  a  escala  moral  deles  todos.  Esta-se  a  dar  um  jogo  perverso  entre  "RMO",  Xunta  e  atores  político-contratuais  perfeitamente  trançado,  onde  a  dita  "participação  pública"  tem  as  cartas  marcadas.  Temos  dados  que  falam  de  coisas  muito  sérias  que  uma  democracia  local  não  se  pode  permitir  de  jeito  nenhum.  Da  mesma  maneira,  detetamos  uma  pressa  manifesta  na  "RMO"  por  tentar  fazer  regredir  ao  passado  o  legítimo  protesto  de  um  "SOS- Mosteiro"  que  fincou  ancorado  no  meio  de  nada.  A  isso  unem-se-lhe  sintomas  inquietantes,  explicitados  pelo  senhor  Carlos- Alberto   Amoedo-Souto  de  modo  bem  diplomático,  onde  se  manifestam  basilarmente:  

● Poder  DISCRICIONÁRIO  da  Xunta  de  Galicia  nos  entes  por  ela  dispostos.  Controlo  abertamente  político  em  ambiências  que  nada  têm  a  ver  com  cores  ou  credos. 

● Lei  do  Património  Cultural  de  Galicia  de  2016  feita  "ex-professo"  para  travar  vozes  dissonantes  ou  críticas,  passíveis  de  serem  divulgadas  num  momento  de  retorno  dos  tijoleiros  às  promoções  urbanas  costeiras.  

● SIMPLIFICAÇÃO  das  responsabilidades  dos  concelhos  em  toda  esta  "tramoia  patrimonialista"  de  molde  a  ilibá-los  do  intrusismo  dos  privados,  sendo  meros  "leva-e-traz"  de  uns  e  outros.  

● Responsabilidade  acrescida  da  classe  política  local  nesta  embrulhada  toda,  onde  minoriza-se  sem  rubor  o  papel  subserviente  do  eleitor.  Quere-se  um  embaratecimento  das  polêmicas,  um  "lasser  faire"  e  o  advento  desse  "já  não  há  nada  a  fazer".  

● Clara  transgressão  de  um  membro  (ACIGAL)  da  dita  "Charte  Européenne  des  Abbayes  et  Sites  Cisterciens"  da  Carta  de  Valores  do  Císter,  pondo  em  evidência  a  fragilidade  desta  organização  internacional  e  a  pujança  autenticista  dos  grupos  independentes  (Laicos  Cistercienses,  por  exemplo)  

● Fraco  garantismo  do  recente  REGULAMENTO  da  Lei  de  Proteção  da  Paisagem  de  Galiza,  onde  con  enorme  descaramento  se  fala  dos  dez  anos  volvidos  de  "empenhada"  proteção  da  paisagem,  sem  por  isso  convencer  a  ninguém,  muito  especialmente  no  âmbito  das  Rias  Baixas. Está  marada  a  conselheira  de  Meio  Ambiente,  Território  e  Vivenda,  Dona  Ánxeles  Vázquez  Mejuto? 

● Protelação  do  Convênio  Europeu  da  Paisagem  em  todas  as  ordens.  Incumprimentos  recorrentes,  neglicências  evidenciadoras  dos  planos  do  mais  aberto  tijolo  burro  de  sempre.  Feijóo  sabe  perfeitamente  disso.    Ser-se-á  feita  uma  pormenorização  desta  sucinta  exposição.  Argumentos  básicos  servem  para  geral  compreensão.  Salvemos  dos  tijoleiros  e  dalguns  políticos  mosteiro  de  Oia.  Vale  toda   a  pena.  

 Artigo precedente.

Ningún comentario:

Publicar un comentario