PATRIMÓNIO
Considerações paisagistas em Oia
(121ª parte)
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / Oia
Projeto urbanizador da "RMO" anda mesmo precisado (interesseiramente) de todos esses trámites burocráticos de molde a "justificar um expediente" e ultrapassar a "prova das provas" (luz verde de Concelho/ Urbanismo/ Património/ Augas de Galicia, Costas de Galicia/ Costas de España e Meio Ambiente), muito embora tenha por força de ser reprovado quando à hora de serem analisados os impactos paisagistas nos vários pontos de observação apareçam todos os alarmes havidos e por haver. Análise das bacias visuais poderá eventualmente ser a PROVA DE ALGODÃO que trave as ambições de "Vasco-Gallega de Consignaciones". Cómo é possível acreditar num palimpsesto urbano e disfarçá-lo de "alegada paisagem"? É preciso descaramento a todo tamanho para defender tais argumentos. Aliás, debate sobre o futuro do mosteiro de Oia está nos primórdios, no início, sem que poucos queiram com verdade fugir ao diretório estipulado arbitrariamente pelos proprietários. Prementemente, cada um dos atores envolvidos no "show off" monacal (todos e cada um deles) deviam era fazer um balanço das suas contradições ou das suas renúncias para assim podermos esclarecer qual seria a escala moral deles todos. Esta-se a dar um jogo perverso entre "RMO", Xunta e atores político-contratuais perfeitamente trançado, onde a dita "participação pública" tem as cartas marcadas. Temos dados que falam de coisas muito sérias que uma democracia local não se pode permitir de jeito nenhum. Da mesma maneira, detetamos uma pressa manifesta na "RMO" por tentar fazer regredir ao passado o legítimo protesto de um "SOS- Mosteiro" que fincou ancorado no meio de nada. A isso unem-se-lhe sintomas inquietantes, explicitados pelo senhor Carlos- Alberto Amoedo-Souto de modo bem diplomático, onde se manifestam basilarmente:
● Poder DISCRICIONÁRIO da Xunta de Galicia nos entes por ela dispostos. Controlo abertamente político em ambiências que nada têm a ver com cores ou credos.
● Lei do Património Cultural de Galicia de 2016 feita "ex-professo" para travar vozes dissonantes ou críticas, passíveis de serem divulgadas num momento de retorno dos tijoleiros às promoções urbanas costeiras.
● SIMPLIFICAÇÃO das responsabilidades dos concelhos em toda esta "tramoia patrimonialista" de molde a ilibá-los do intrusismo dos privados, sendo meros "leva-e-traz" de uns e outros.
● Responsabilidade acrescida da classe política local nesta embrulhada toda, onde minoriza-se sem rubor o papel subserviente do eleitor. Quere-se um embaratecimento das polêmicas, um "lasser faire" e o advento desse "já não há nada a fazer".
● Clara transgressão de um membro (ACIGAL) da dita "Charte Européenne des Abbayes et Sites Cisterciens" da Carta de Valores do Císter, pondo em evidência a fragilidade desta organização internacional e a pujança autenticista dos grupos independentes (Laicos Cistercienses, por exemplo)
● Fraco garantismo do recente REGULAMENTO da Lei de Proteção da Paisagem de Galiza, onde con enorme descaramento se fala dos dez anos volvidos de "empenhada" proteção da paisagem, sem por isso convencer a ninguém, muito especialmente no âmbito das Rias Baixas. Está marada a conselheira de Meio Ambiente, Território e Vivenda, Dona Ánxeles Vázquez Mejuto?
● Protelação do Convênio Europeu da Paisagem em todas as ordens. Incumprimentos recorrentes, neglicências evidenciadoras dos planos do mais aberto tijolo burro de sempre. Feijóo sabe perfeitamente disso. Ser-se-á feita uma pormenorização desta sucinta exposição. Argumentos básicos servem para geral compreensão. Salvemos dos tijoleiros e dalguns políticos mosteiro de Oia. Vale toda a pena.
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